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Estado de Minas TRABALHO E RENDA

Encomendas para o Natal elevam emprego registrado

Pela 1ª vez no ano, todos os estados tiveram aumento de vagas formais em setembro, que somaram 157,2 mil oportunidades no país, além das demissões. Em Minas, foram 3,8 mil


postado em 18/10/2019 06:00 / atualizado em 18/10/2019 07:48

Melhor setembro em seis anos foi influenciado pela produção que a indústria já começa a entregar para o fim de ano e o início de aquecimento no comércio e nos serviços(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 6/10/17)
Melhor setembro em seis anos foi influenciado pela produção que a indústria já começa a entregar para o fim de ano e o início de aquecimento no comércio e nos serviços (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 6/10/17)


O mercado de trabalho formal gerou, em todo o país, 157.213 vagas com carteira assinada em setembro. Além de o resultado ter configurado o melhor setembro desde 2013, portanto, em seis anos, é o sexto mês consecutivo em que o país apresenta números positivos. Também é a primeira vez, neste ano, em que todas as 27 unidades federativas apresentaram aumento de oportunidades com registro.

Tradicionalmente, a geração de empregos é alta em setembro, por causa da produção da indústria para o Natal e do aquecimento do comércio e das empresas prestadoras de serviços para as festas de fim de ano. Na agropecuária, o início da safra de cana-de-açúcar é a principal responsável pela geração de empregos, sobretudo no Nordeste.

Os dados divulgados ontem são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. O saldo é o resultado de 1.341.716 admissões e 1.184.503 demissões no período. Em agosto, a diferença havia ficado positiva em 121,3 mil vagas formais. Em Minas Gerais, as empresas admitiram mais que demitiram, deixando saldo positivo de 3.841 vagas.

A única atividade que registrou mais demissões do que admissões foi o setor de serviços industriais de utilidade pública (o fornecimento de energia, água e saneamento), negativo em 448 vagas. No recorte geográfico da pesquisa, o destaque ficou com a Região Nordeste, que teve saldo positivo de 57.035 postos. Em segundo lugar ficou o Sudeste, com 56.833 trabalhos formais criados. Por fim, o Norte abriu 9.352 vagas.

Entre os desligamentos do mês, 18.395 foram realizados mediante acordo entre empregador e empregado, em um universo de 12.105 empresas. O número representa 1,5% do total de demissões de setembro. Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo entre as vagas criadas e extintas foi de 6.015 empregos formais. De acordo com o Ministério da Economia, 57 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente em setembro.

O resultado positivo da geração de vagas do mês foi puxado pelo setor de serviços, que criou 64.533 postos formais, seguido pela indústria da transformação, com 42.179 vagas e comércio, com 26.918 postos. Também tiveram saldo positivo no mês a construção civil (18.331 postos), a agropecuária (4.463), a extração mineral (745 postos) e a administração pública (492 postos).

No acumulado de janeiro a setembro, 76.1776 empregos formais foram gerados. Na comparação dos últimos 12 meses imediatamente anteriores a setembro, o saldo ficou em 548.197. Considerando-se o resultado por setores da atividade econômica, sete dos oito ramos tiveram criação de vagas.

Todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. Na divisão por estados, as maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo (abertura de 36.156 postos), Pernambuco (17.630), Alagoas (16.529) e no Rio de Janeiro (13.957).

Balanço social


O Ministério da Economia também divulgou os números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2018. O ano passado fechou com 46,63 milhões de vínculos trabalhistas; 349,52 mil a mais do que em 2017, o que corresponde a aumento de 0,8% nos postos com carteira assinada no país.

No ano passado, foram abertos na iniciativa privada 371.392 postos de trabalho com carteira assinada, 1,02% a mais do que em 2017. Houve crescimento em quatro das cinco regiões do país, com liderança para o Nordeste, onde a oferta de vagas subiu 1,21%. A segunda maior alta foi registrada no Sul (1,1%), seguida do Norte (0,96%) e Sudeste (0,67%). Apenas no Centro-Oeste houve fechamento de postos de trabalho, com queda de 0,52%. Das 27 unidades da federação, 19 fecharam com desempenho positivo no emprego formal – principalmente Maranhão, Mato Grosso, Amapá, Santa Catarina e Amazonas.

O aumento no emprego foi maior na faixa de trabalhadores de 40 a 49 anos, com a abertura de 258 mil vagas. Em segundo lugar ficaram os empregados de mais de 50 anos (153 mil vagas), seguidos pela faixa de 30 a 39 anos (83 mil vagas). A diferença entre homens e mulheres diminuiu levemente, com o emprego feminino subindo de 40% em 2017 para 40,1% dos postos de trabalho em 2018.

Em relação à escolaridade, o maior crescimento foi registrado entre os trabalhadores com ensino superior completo (458 mil vagas), seguido pelos que têm o ensino médio (373 mil) e o superior incompleto (69 mil). Nos demais níveis de educação, houve fechamento de vagas. (Com Agência Brasil)
 

Sem 316 mil empresas


As empresas seguem fechando as portas no Brasil. No ano de 2017, 22.932 empreendimentos encerraram suas atividades. Em quatro anos de saldos negativos consecutivos entre abertura e fechamento de negócios, o país já perdeu 316.680 empresas.

Os dados são do levantamento Demografia das empresas e empreendedorismo 2017, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A extinção de empresas afeta também o total de pessoas empregadas com carteira assinada. Em quatro anos de dificuldades e fechamentos de empreendimentos, mais de 3,3 milhões de trabalhadores assalariados foram demitidos do setor formal. No ano de 2017, foram quase 135 mil postos de trabalho perdidos. 
 

LUZ NO TÚNEL


Depois de três anos de queda no emprego, Brasil volta a gerar empregos com carteira


OS SALDOS (em setembro)

Brasil 157.213
Minas Gerais 3.841

Por setor
Principais atividades que empregaram mais que demitiram

Brasil
Serviços 64.533
Indústria de transformação 42.179
Construção civil 18.331
Comércio 26.918

Minas Gerais 
Serviços 7.315
Construção civil 2.445
Indústria da transformação 2.054

Fonte: Caged 


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