As multinacionais IGT, controlada por um grupo italiano, e a americana Scientific Games (SG) formam o Consórcio Estrela Instantânea, vencedor do leilão da concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). Juntas, vão desembolsar um total de R$ 818 milhões para explorar por 15 anos o serviço de loteria instantânea no Brasil, a chamada "raspadinha".
O Consórcio Estrela Instantânea foi o único interessado no leilão, realizado na manhã desta terça-feira, 22, na B3, na terceira tentativa do governo de ceder a Lotex à iniciativa privada.
As multinacionais ofereceram o mínimo exigido pela primeira parcela da outorga, de R$ 96,969 milhões, e mais sete pagamentos anuais de R$ 103 milhões, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A cifra total, de R$ 818 milhões, corresponde ao valor presente do mínimo exigido de R$ 542,1 milhões.
O responsável pela IGT no Brasil, Roberto Quattrini, afirmou que o consórcio vencedor espera começar a vender raspadinhas no Brasil entre junho e julho do ano que vem. Segundo ele, a união com a americana SG se deu por conta da complexidade do País.
"O que as duas empresas economizaram em outorga poderão ser revertidos em investimentos no País. O Brasil é complexo, por isso, as empresas se juntaram. Não é fácil a distribuição de jogo em um País com a dimensão do Brasil", disse Quattrini, em entrevista coletiva à imprensa, realizada nesta terça.
As empresas não revelaram o investimento previsto para os 15 anos de exploração da Lotex nem o faturamento esperado.
Conforme Quattrini, o consórcio concorda com o plano de negócios desenhado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por organizar o leilão, que prevê faturamento de cerca de R$ 112 bilhões no período.
Juntas, a IGT e Scientific Games detêm mais de 80% do mercado de loteria instantânea no mundo. O faturamento anual deste setor gira em torno de US$ 80 bilhões.
ECONOMIA