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Estado de Minas INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Pais millennials aceitam uso de tecnologias para cuidar de saúde dos filhos

Dados fazem parte do estudo Geração AI, divulgado por organização dedicada ao avanço dos meios em benefício da humanidade


postado em 29/10/2019 06:00 / atualizado em 29/10/2019 08:47


Pesquisa mostra que quase 70% dos jovens aprovam a possibilidade de robôs manipulados por IA conduzirem cirurgias(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Pesquisa mostra que quase 70% dos jovens aprovam a possibilidade de robôs manipulados por IA conduzirem cirurgias (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


São Paulo – Jovens da Geração Y, ou os millennials, poderão estar entre os principais impulsionadores do uso de diferentes tipos de tecnologia nas áreas de saúde e bem-estar. O Terceiro Estudo Global Anual "Geração AI”, divulgado pela IEEE, maior organização técnica-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, durante a Futurecom, em São Paulo, mostra que os pais brasileiros com idade entre 23 e 38 anos são confiantes quanto ao uso de ferramentas desenvolvidas a partir da Inteligência Artificial (IA) para as crianças da Geração Alfa

A pesquisa foi feita com base nos depoimentos de 2 mil pais nessa faixa etária, com pelo menos uma criança de nove anos ou menos, nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia, China e Brasil.

Mesmo diante de possibilidades que ainda estão em fase de pesquisa, os entrevistados se mostram confiantes. Ao todo, 75% dos pais brasileiros concordam que um coração impresso em 3D, testado e totalmente funcional, seja implantado em seus filhos no futuro, se necessário.

A aprovação aumenta no caso do uso de realidade virtual. Para 90% dos pais millennials, é preferível que os pediatras recomendem terapias com RV, em vez do uso de medicamentos para diminuir a dor das crianças.

Ainda segundo o estudo,  78% dos entrevistados estão propensos a procurar um médico que use AI para diagnosticar algum tipo de câncer, seja nos seus filhos ou em alguém da família.

Já sobre a possibilidade de robôs manipulados por IA conduzirem cirurgias, a aprovação é menor, de 69%. Porém, esse número cresceu em relação ao ano passado, quando o resultado foi de 60%.

DEMANDA 

Artur Ziviani, tecnologista sênior do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e integrante sênior do IEEE, explica que a introdução de novas tecnologias na área da saúde será o caminho para atender a uma demanda crescente por esses serviços, que tem impactado no aumento dos custos.

“Esse é um problema mundial. Com novas tecnologias, será possível ampliar o atendimento, por exemplo, ao levar o atendimento remoto a localidades onde não há especialistas”, diz. Ziviani acredita que a IA também poderá ajudar os médicos a ordenarem os exames médicos segundo a sua gravidade e na discussão a distância com especialistas sobre diagnósticos. “São situações que permitem aliviar a carga de trabalho dos profissionais de saúde e aumentar o número de atendimentos."

Outro exemplo citado por Ziviani é o do uso de chatbots para orientação pediátrica aos pais sobre como utilizar um medicamento. As novas tecnologias poderão ser usadas, segundo o representante do IEEE, para o monitoramento da saúde da população mais velha, que poderia receber cuidados em casa. Em casos assim, um alerta seria emitido a uma unidade de saúde se houvesse alguma alteração no quadro do paciente.

Apesar dos pais millennials e de Ziviani concordarem com o avanço da tecnologia na medicina, esse é um tema polêmico. No Brasil, por exemplo, a telemedicina ainda passa por discussões. Mas, para o representante do IEEE, o uso dessas novas ferramentas será inevitável e não será razão para afastar médicos de seus pacientes, como se teme.



Outros destaques do estudo
 
(foto: Pressfrom.info/Reprodução)
(foto: Pressfrom.info/Reprodução)
A maioria dos pais (EUA: 52%; Reino Unido: 60%; Brasil: 75%; Índia: 92%; China: 94%) se "sentiria muito à vontade" em permitir que um coração impresso em 3D devidamente testado e totalmente funcional fosse implantado em seus filhos no futuro, se necessário.

» Parte dos entrevistados se sentiria "extremamente" à vontade em permitir que um coração impresso em 3D fosse implantado em seus filhos (Índia: 58%; China: 50%; Brasil: 42%), enquanto outros "não se sentiriam muito à vontade" (EUA: 48%; Reino Unido: 40%).
» Onde o acesso à saúde é melhor, a aceitação quanto ao uso de enfermeiras virtuais dotadas com IA, ao lado dos leitos, é menor. Não quando nossos filhos estiverem no hospital, dizem os pais dos EUA e do Reino Unido.

» A maioria dos pais da geração Y nos EUA (67%) e no Reino Unido (57%) não se sentiria muito à vontade em deixar seus filhos aos cuidados de uma enfermeira virtual durante a estadia hospitalar. Mas a maioria dos pais millennials na China (88%), Índia (83%) e no Brasil (61%) se sentiria muito à vontade nessa situação.



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