São Paulo – A partir do ano que vem, a Uber começará a testar o seu serviço de entrega de comida com drones. O sistema, apresentado nesta semana, utilizará aparelhos controlados por uma central, sem a interferência humana. Os primeiros voos deverão ocorrer em San Diego, na Califórnia, mas a ideia é levar a novidade para todos os grandes mercados em que a Uber Eats opera – desde que consiga autorização para isso.
A Uber já tem autorização da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, que permitiu a circulação do equipamento a até 120 metros de altura. Não há previsão de estreia no Brasil. O equipamento conta com seis hélices rotativas que se movem tanto para momentos de pouso e decolagem quanto para o sobrevoo.
Segundo a empresa, as hélices se posicionam verticalmente para iniciar e terminar voos de forma adequada e se movem para a parte traseira do drone em busca de maior velocidade e eficiência durante o voo. A Uber afirma que o drone já passou por sua “revisão crítica de design” e poderá ter o primeiro voo ainda em 2019. O equipamento foi criado para transportar refeições para até duas pessoas, em intervalo de oito minutos entre o carregamento e a retirada do pedido.
Com velocidade máxima de 48 quilômetros por hora, ele é capaz de fazer voos de até 19 quilômetros quando está com uma refeição e de até 29 quilômetros, quando está vazio. A ideia, no entanto, não é usá-lo para realizar toda a entrega.
A Uber espera que os restaurantes carreguem os drones com pedidos e que, em seguida, os dispositivos se dirijam a um ponto próximo do cliente. Enquanto o voo ocorre, um entregador será notificado para ir até este local, retirar o pedido e percorrer o último trecho, que terá menos de dois quilômetros.
A Uber espera que os restaurantes carreguem os drones com pedidos e que, em seguida, os dispositivos se dirijam a um ponto próximo do cliente. Enquanto o voo ocorre, um entregador será notificado para ir até este local, retirar o pedido e percorrer o último trecho, que terá menos de dois quilômetros.
Há várias empresas apostando neste segmento. Na semana passada, a Wing, uma subsidiária da Alphabet, começou a fazer suas primeiras entregas comerciais usando drones, nos Estados Unidos. Com isso, se tornou a primeira do país a fazer entregas diretamente para os consumidores com esse tipo de aeronave. Seus primeiros parceiros são a rede de drogarias Walgreens e a Fedex, com cobertura restrita inicialmente a Christiansburg, cidade de 22 mil habitantes, na Virgínia.
“A inovação faz parte do DNA da FedEx desde o primeiro dia e estamos sempre procurando novas e melhores maneiras de entregar o mundo às portas dos nossos clientes", disse Don Colleran, presidente e CEO da FedEx Express, em entrevista ao canal americano Fox 13.
SAÚDE
Em ambos os casos, o cliente escolhe a opção de entrega por drone no momento do pedido. Ela é feita com hora marcada e é preciso indicar em um mapa na tela onde o pacote deve ser deixado. O drone não pousa: ele paira sobre o local indicado e baixa o pacote com a ajuda de um cabo. Agora, a empresa estuda ampliar o serviço para outros estados americanos até o fim de 2020.
Em ambos os casos, o cliente escolhe a opção de entrega por drone no momento do pedido. Ela é feita com hora marcada e é preciso indicar em um mapa na tela onde o pacote deve ser deixado. O drone não pousa: ele paira sobre o local indicado e baixa o pacote com a ajuda de um cabo. Agora, a empresa estuda ampliar o serviço para outros estados americanos até o fim de 2020.
A Amazon e a UPS também têm projetos em curso neste mercado. A divisão UPS Flight Forward recebeu, no começo deste mês, a primeira certificação Part 135 Standard do governo dos Estados Unidos para operar como companhia aérea de drones para operações de delivery. A empresa expandirá inicialmente seu serviço de entregas, utilizando drones para atender hospitais em todo o mercado americano.
No futuro, segundo a empresa, a UPS Flight Forward planeja transportar uma variedade de itens para clientes em outros setores e voar regularmente por drones por meio de voos BVLOS (sigla em inglês para “voo além da linha de visão”).
Assim que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos deu sinal verde para a operação, a empresa fez o primeiro voo de entrega com drones, certificado no hospital da WakeMed, em Raleigh, na Carolina do Norte. Usando um quadricóptero Matternet M2, o voo foi pilotado sob licença do governo. Para obter a certificação, a UPS comprovou a necessidade de entrega usando drones em operações de assistência médica, em que o menor tempo em trânsito pode aumentar a eficiência e ajudar os profissionais de saúde a atender melhor seus pacientes.