O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação de 0,09% em outubro após variação nula (0,0%) em setembro, informou nesta sexta-feira, dia 1º, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Nos 12 meses até outubro, a variação acumulada do indicador caiu a 2,93% ante os 3,51% de setembro.
O resultado na margem ficou 0,02 ponto porcentual abaixo do registrado na terceira quadrissemana do mês (-0,07%) e mais negativo do que a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast (-0,06%), mas dentro do intervalo de -0,11% a 0,01%.
O grupo de Habitação foi o principal responsável pelo resultado deflacionário de outubro, com taxa de -0,40% após os -0,32% da terceira quadrissemana. A queda foi impulsionada pelo item tarifa de eletricidade residencial, cuja variação passou de -2,63% para -3,33%.
Outras quatro classes das oito pesquisadas também registraram decréscimo nas suas taxas de variação: Transportes (0,23% para 0,20%), puxado pelo óleo diesel (3,93% para 2,97%); Comunicação (0,11% para -0,09%), com influência da queda de tarifa de telefone móvel (0,27% para -0,13%); Educação, Leitura e Recreação (0,06% para -0,03%), com a desaceleração de show musical (0,86% para 0,26%); e Vestuário (0,18% para 0,13%), com contribuição de roupas (0,27% para 0,15%).
Em contrapartida, Alimentação registrou acréscimo na taxa, passando de -0,37% para -0,28% com a recomposição de preços de hortaliças e legumes (-6,23% para -5,68%). As outras acelerações aconteceram nos grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,29%), puxado por artigos de higiene e cuidado pessoal (0,15% para 0,36%), e Despesas Diversas (0,27% para 0,38%), com influência de serviço religioso e funerário (0,03% para 0,31%).
Influências individuais
Os itens que mais contribuíram para o resultado deflacionário de outubro, além da tarifa de eletricidade residencial, foram cebola (-23,52% para -24,22%), mamão papaia (-30,90% para -27,15%), batata-inglesa (-11,14% para -8,41%) e condomínio residencial (-0,50% para -0,57%).
Por outro lado, as principais influências para cima sobre o índice foram gasolina (1,04% para 0,87%), plano e seguro de saúde (estável em 0,56%), aluguel residencial (0,48% para 0,45%), taxa de água e esgoto residencial (0,66% para 0,92%) e tomate (7,57% para 6,84%).
ECONOMIA