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Estado de Minas

Megaleilão de áreas do pré-sal destravado


postado em 02/11/2019 04:00

Ministro Paulo Guedes assinou ontem o contrato de cessão onerosa(foto: Tomaz Silva/Agência Brasil %u2013 18/4/08)
Ministro Paulo Guedes assinou ontem o contrato de cessão onerosa (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil %u2013 18/4/08)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que os investimentos para explorar petróleo e gás brasileiros serão responsáveis por “boa parte da construção do futuro” do país. Ao assinar o termo aditivo do contrato de “cessão onerosa” entre a Petrobras e a União, que permitirá a realização do megaleilão de áreas do pré-sal excedentes à cedida à estatal em 2010, Guedes afirmou, no Rio de Janeiro, que a “apropriação” pela sociedade dos recursos de petróleo e gás terá “dimensão social”.

Segundo Guedes, com os investimentos previstos nas novas áreas licitadas, a arrecadação do Estado, em todas as esferas de governo, poderá totalizar de R$ 40 bilhões a R$ 80 bilhões por ano. “Boa parte da construção do futuro está em cima desses investimentos”, afirmou Guedes.

O ministro da Economia defendeu medidas de liberalização do setor de petróleo e gás que, segundo ele, são necessárias para aumentar a competição e atrair investimentos privados. Além das licitações de áreas do pré-sal, Guedes citou as medidas em prol da abertura do mercado de gás natural, que, conforme o ministro, permitirão baratear o insumo e vão “reindustrializar” o país.

“O presidente Jair Bolsonaro sempre dizia na campanha: 'Como pode um país tão rico em recursos naturais ter ainda uma vasta pobreza?'”, afirmou Guedes, para então responder: “Tem a ver com o modelo econômico”. O ministro reafirmou então sua avaliação de que os “monopólios corrompem a democracia”.

No discurso em que agradeceu as equipes técnicas envolvidas na renegociação do contrato de cessão onerosa, e, ao presidente Bolsonaro, por reunir essas equipes, Guedes destacou a “dimensão social que será permitida a partir da nossa apropriação desses recursos”. Guedes voltou a sinalizar com um novo “pacto político federativo”, que envolve descentralização de políticas públicas e dos recursos oriundos do petróleo e gás. “Esse óleo não vai subir e ficar com a União, vai ser descentralizado”, afirmou o ministro. 


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