A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou na manhã desta quarta-feira, 6, o megaleilão do pré-sal, no Rio de Janeiro. Na licitação serão ofertadas quatro campos da Bacia de Santos - Búzios, Itapu, Atapu e Sépia. O diretor-geral da agência já sinalizou que duas delas poderão ficar sem ofertas - Atapu e Sépia.
A Petrobras antecipou seu interesse por Búzios e Itapu e, antecipadamente comunicou à União que pretende exercer o direito de ficar com pelo menos 30% delas. Para o mercado, essa é uma indicação de que esses campos são nobres.
Além de ser a licitação de petróleo mais cara entre as realizadas até hoje, essa concorrência tem a peculiaridade de ser uma oportunidade única do ponto de vista geológico. Não existe a chance de os vencedores investirem e não acharem petróleo ou gás, como pode acontecer com as áreas licitadas até então.
A região já foi explorada pela Petrobras, que confirmou a existência de um reservatório gigantesco de petróleo e gás de boa qualidade.
"Não podemos deixar de explorar o pré-sal, seria uma opção pela pobreza", afirmou Oddone, na cerimônia de abertura do leilão. Ele antecipou que a expectativa é de arrecadar mais do que o somatório de todos os lances pagos desde que a Petrobras perdeu o monopólio da produção, no fim da década de 1990.
O diretor-geral acrescentou ainda que esse leilão "vai catapultar a indústria do Brasil para classe mundial" e que "foi quase um milagre chegar a esse ponto (leilão) devido à sua complexidade", disse.
Além do diretor-geral da ANP, estão presentes na cerimônia o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e representantes do Ministério da Economia.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também está na plateia e, ao entrar no hotel onde está sendo realizado o leilão, afirmou que conta com a venda de 100% das áreas ofertadas.
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