A produção de xisto dos Estados Unidos remodelará os mercados de energia globais nos próximos anos, reforçando a influência do país, em contraposição aos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), afirma a Agência Internacional de Energia (AIE). Em seu relatório Perspectiva da Energia Global, a AIE afirma que, mesmo com o crescimento anual na produção americana desacelerando nos últimos anos, ela projeta que políticas já anunciadas significam que o país será responsável por 85% do aumento na produção global de petróleo até 2030.
"O crescimento dos EUA limitará a capacidade dos exportadores tradicionais administrarem as exportações", afirma o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. "Países cujas economias são exclusivamente dependentes de reservas de petróleo e gás estão enfrentando sérios desafios."
O relatório é divulgado no momento em que líderes da Opep e seus aliados se preparam para uma reunião dezembro em Viena para discutir sobre a continuidade nos cortes da produção. A estatal Saudi Aramco, por sua vez, se prepara para realizar uma aguardada oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações.
A produção de petróleo dos EUA deve avançar a 19 milhões de barris por dia ao longo da próxima década, o que reduzirá a fatia do mercado global detido pelos membros da Opep e pela Rússia de 55% em meados do ano 2000 para 47% em 2030, diz a AIE.
Os EUA também representarão 30% do crescimento na produção de gás natural até 2025. Com isso, a produção de petróleo e gás americana superará a da Rússia. Fonte: Dow Jones Newswires.
ECONOMIA