O Ministério da Economia creditou a alta de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano à liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), anunciada pelo governo no fim de julho. Documento divulgado nesta terça-feira, 3, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta também destaca que a expansão da economia ocorre pelo setor privado em substituição ao setor público.
"A economia brasileira manteve a trajetória de recuperação da atividade, com aceleração da retomada do crescimento, ratificando o aumento da confiança dos setores de serviços e varejo e dos consumidores que se iniciou após julho, momento de anúncio do Novo FGTS. Destaca-se o crescimento robusto do investimento e a retomada do consumo das famílias, enquanto o gasto do governo retraiu novamente", avaliou a SPE.
O documento ressalta que agosto foi o "fundo do poço" para o PIB, com a retomada do crescimento a partir de setembro, justamente com o início dos saques das contas do FGTS.
"O ajuste do setor público conteve o avanço do déficit e abriu espaço para a queda dos juros futuros e a expansão do setor privado (efeito crowding-in), de forma que o ritmo do PIB do setor privado já se aproxima do patamar de 2% aa.", completa a SPE.
Pelo lado da oferta, o ministério destaca a expansão do comércio (alta de 1,1% ante o trimestre anterior), "beneficiado pela queda da inflação, redução dos juros, expansão do crédito, recuperação do emprego e a liberação dos saques do FGTS".
A pasta comemora ainda o resultado a expansão de 12% da indústria extrativa e a retomada do setor de construção civil, com alta de 1,3% no trimestre.
Já pelo lado da demanda, a SPE considera que a política de redução do gasto público abriu espaço para a retomada do setor privado, principalmente no investimento.
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