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Estado de Minas ECONOMIA

CNI: indicador de custos industriais cai 0,9% no terceiro trimestre do ano


postado em 16/12/2019 15:56

O Indicador de Custos Industriais caiu 0,9% no terceiro trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira, 16, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, essa retração foi influenciada pela queda nos custos tributários e de capital.

Na comparação com o mesmo período de 2018, a redução é ainda mais expressiva, de 2,1%. O estudo destaca que houve ganhos de lucratividade e de competitividade para a indústria no período, tanto no mercado doméstico como no externo.

A pesquisa aponta que praticamente todos os componentes do indicador de custos industriais caíram, em relação ao segundo trimestre do ano, mas o que apresentou maior queda foi o de custos tributários, que teve retração de 3,9%, influenciado pelo crescimento do PIB industrial. "A retração do custo tributário pode estar relacionada ao fato de a arrecadação tributária não ocorrer simultaneamente à produção, o que faz com que, em momentos de retomada do crescimento da produção, o PIB industrial cresça antes da arrecadação", explica o estudo.

O custo com capital de giro atingiu o segundo menor valor da série, iniciada em 2006, com queda de 3,7% na comparação com o segundo trimestre. "A queda da taxa básica de juros, Selic, reduz o custo de captação dos bancos, permitindo que eles repassem a redução de custo, ao menos em parte, aos tomadores de empréstimo. Adicionalmente, a queda da Selic reduz a rentabilidade dos títulos da dívida pública, o que faz com que os bancos emprestem menos para o governo e mais para o setor privado, ou seja, para as famílias e para as empresas. O aumento da oferta de crédito também contribui para a redução dos juros", afirma a economista da CNI, Maria Carolina Marques, em nota divulgada pela entidade.

O índice de custo de produção, terceiro componente do indicador de custos industriais, teve queda de 0,3%. Essa redução foi influenciada, segundo o estudo, pela retração do custo com energia, que ficou 2,5% abaixo do registrado no segundo trimestre de 2019.


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