O percentual de ampliação do emprego representa queda de quatro pontos percentuais em relação ao apurado no último trimestre deste ano, mas expansão 1 ponto percentual, se comparado com o mesmo período de 2019. Os números foram ajustados com sazonalidade, ou seja, não levam em consideração variações relacionadas a eventos comerciais em determinados meses, períodos de grande contratação de temporários.
De acordo com a pesquisa, a expectativa de acréscimo nas contratações no Brasil para os três primeiros meses do ano que vem é de 9% ante 2019. O resultado representa queda de 1 ponto percentual em relação ao quarto trimestre deste ano e alta de dois pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2019. O percentual coloca o Brasil como o 14º país mais otimista para o começo de 2020 em uma lista de 43 nações.
Segundo a pesquisa, as grandes empresas, com mais de 250 funcionários, são as que têm a maior perspectiva de contratar mão de obra: 18%. Já os donos das médias empresas, que têm entre 50 e 249 empregados, pretendem ampliar as equipes em 8%. Os pequenos empreendimentos, que empregam entre 10 e 49 funcionários, apresentam expectativa de ampliar a contratação em 5%. As microempresas, com menos de 10 empregados, são as únicas que pretendem reduzir as equipes de trabalho: exatamente em 1%.
O levantamento também apurou as expectativas de contratação por setor. O segmento de agricultura, pesca e mineração apresentou uma expectativa de contração 19% maior, liderando o ranking de oito setores pesquisados e apresentando a melhor taxa dos últimos dois anos.
O setor de serviços apresentou expectativa de 16% a mais, maior taxa para o segmento em cinco anos. As empresas dos ramos de finanças e seguros imobiliários pretendem ampliar a força de trabalho em 14%. Por outro lado, a pesquisa apurou que as expectativas dos setores de construção e de administração pública e educação foram as menores, com 7% e 3% respectivamente.
Outro fator analisado pela pesquisa da ManpowerGroup foi a pretensão dos empresários de mudar os tamanhos das equipes de trabalho. A maioria (75%) dos empregadores ouvidos pelo levantamento não preveem mudanças no primeiro trimestre de 2020. Já 16% afirmaram que pensam em aumentar a força de trabalho no período, enquanto 7% pretendem diminuir.
*Estagiário sob supervisão da sub-editora Marta Vieira