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Estado de Minas REFORMAS

Abertura do Mercado para o país crescer

Secretário do Ministério da Economia, Carlos da Costa reforçou a intenção do governo de reduzir o custo Brasil e tornar a indústria brasileira mais competitiva


postado em 18/12/2019 04:00 / atualizado em 18/12/2019 08:47

Associação dos fabricantes de veículos espera exportar muito mais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Associação dos fabricantes de veículos espera exportar muito mais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, reiterou ontem que o governo tem trabalhado para reduzir o chamado "custo Brasil" para que a indústria brasileira seja mais competitiva. Ele reforçou a intenção do governo em abrir o mercado brasileiro, mas ressaltou que isso ocorrerá de forma gradual.

"Não temos dúvida da necessidade de agregar valor nas cadeias internas e gerar mais empregos. Temos que produzir mais calçados e exportar menos couro, temos que esmagar mais soja dentro do Brasil. Exportar mais é a prova da competitividade", avaliou Carlos da Costa.

O secretário defendeu a reforma tributária e a redução do custo da energia, sobretudo do gás natural. Costa também citou as discussões sobre marcos regulatórios do setor de infraestrutura, como medidas para a redução do custo de se produzir no País. "Não é possível que exportemos automóveis para a Argentina por termos mercado comum e que não consigamos exportar para Colômbia e Peru, devido ao custo Brasil", completou, com representantes do setor produtivo.
 
Carlos da Costa disse que o governo buscará ampliar a abertura comercial por meio de novos acordos (foto: TÂnia Rego/Agência Brasil )
Carlos da Costa disse que o governo buscará ampliar a abertura comercial por meio de novos acordos (foto: TÂnia Rego/Agência Brasil )
 
 
Ele acrescentou que a abertura comercial que o governo planeja para o Brasil terá previsibilidade e será transversal, ou seja, sem a escolha de setores específicos. "A abertura ocorrerá na mesma velocidade do aumento da competitividade do setor produtivo. Realizaremos a abertura comercial seguindo esses princípios", repetiu.

O secretário citou o acordo firmado neste ano entre o Mercosul e a União Europeia para dizer que o governo buscará ampliar a abertura comercial por meio de outros acordos, mas sinalizou que a estratégia da equipe econômica é buscar uma abertura abrangente da economia brasileira.
 
 
Abertura unilateral do mercado pode ser devastadora para o setor de calçados(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Abertura unilateral do mercado pode ser devastadora para o setor de calçados (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, cobrou um cronograma com metas concretas para a redução do custo Brasil. "A abertura é necessária para o nosso setor e para o País, e os acordos comerciais são mecanismos bons para fazer isso. Queremos importar mais, mas queremos exportar muito mais", afirmou.

Da mesma forma, o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avaliou que uma abertura comercial unilateral seria "devastadora" para a indústria. "Abertura comercial que não seja feita por meio de acordos comerciais seria devastadora. Enquanto não reduzirmos o custo Brasil, uma revisão unilateral das tarifas seria muito ruim", completou.


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