Em apenas um ano, 1,552 milhão de trabalhadores deixaram de ser sindicalizados em todo o Brasil. Em cinco anos consecutivos de reduções, os sindicatos já perderam 3,098 milhões de trabalhadores sindicalizados.
No ano de 2018, apenas 11,518 milhões de trabalhadores eram associados a sindicato. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Características adicionais do mercado de trabalho, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma redução de 11,9% no contingente de sindicalizados em relação a 2017. A sindicalização alcançou 12,5% dos 92,333 milhões de ocupados em 2018, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.
As Regiões Norte (10,1%) e Centro-Oeste (10,3%) apresentaram as proporções mais baixas de trabalhadores sindicalizados, enquanto as mais elevadas foram as das Regiões Sul (13,9%) e Nordeste (14,1%).
A maior taxa de sindicalização em 2018 foi a dos trabalhadores do setor público (25,7%), seguido por trabalhadores do setor privado com carteira assinada (16%). Os trabalhadores sem carteira no setor privado apresentaram uma das menores estimativas de sindicalização (4,5%). Já os trabalhadores por conta própria tiveram taxa de sindicalização de 7,6%.
Todas as categorias tiveram redução na taxa de sindicalização entre 2017 e 2018, sendo a maior queda entre os empregadores, que passou de 15,6% para 12,3%, -3,3 ponto porcentual, seguida pela dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada, que tiveram recuo de 3,1 ponto porcentual.
Em 2018, a atividade da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tinha uma das mais elevadas taxas de sindicalização (19,1%), atrás apenas da Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (22,0%).
Em relação ao nível de instrução dos trabalhadores, quanto maior a escolaridade, maior a taxa de sindicalização: 8,1% dos trabalhadores com ensino fundamental completo e médio incompleto eram sindicalizados, mas esse porcentual subia a 20,3% entre os ocupados com nível superior completo.
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