O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, lembrou em entrevista à rede Bloomberg nesta sexta-feira que a Argentina e o Brasil já estavam sob um regime de cotas de exportação de aço e alumínio, antes de o presidente Donald Trump anunciar tarifas sobre esses produtos desses países. Desse modo, ele disse que a imposição de tarifas é apenas uma opção possível, no âmbito da estratégia para lidar com os produtos vindos dessas nações.
Ross tratou do assunto brevemente, durante entrevista por telefone. Ele foi questionado se a tarifa sobre aço e alumínio do Brasil e da Argentina seria o caminho certo a seguir e se ela seria confirmada. O secretário não respondeu diretamente a questão, mas lembrou que já havia a cota anteriormente para os dois países sul-americanos.
Sobre o acordo fase 1 com a China, Ross informou que o documento está em processo de tradução para o mandarim e checagens, para se evitar qualquer problema. Além disso, afirmou que uma fase 2 do acordo deverá exigir legislações novas na China e precisa ser feita com cuidado, "de modo meticuloso". Ross disse que, se não houver o cumprimento do acordo entre as potências, haverá um período de 90 dias de consultas. "Se não estivermos satisfeitos, podemos impor retaliações unilaterais", comentou, inclusive com tarifas.
Além disso, Ross defendeu o acordo comercial com Canadá e México, conhecido pela sigla USMCA em inglês. Segundo ele, o pacto garantirá a geração de 75 mil novos empregos no setor automotivo nos EUA. A autoridade ainda garantiu que os fazendeiros serão beneficiados, prevendo que haverá forte apoio ao USMCA no Senado americano.
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