O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,5 ponto em dezembro ante novembro, para 97,1 pontos, informou nesta quinta-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o maior nível do ICE desde janeiro de 2019. Com isso, o indicador fechou 2019 com avanço acumulado de 1,2 ponto. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,6 ponto, o sexto mês consecutivo de crescimento.
"A percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios avançou para o maior patamar desde 2014, mas ainda abaixo dos níveis considerados 'normais'. Já as expectativas se mantiveram em 100 pontos, com uma acomodação do Comércio, pós liberação do FGTS, e um forte otimismo da Construção", diz a nota divulgada pela FGV.
Em dezembro, o índice que mede a percepção corrente dos empresários (ISA-E) subiu 1,7 ponto, para 94,5 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (96,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) se manteve relativamente estável ao recuar 0,1 ponto, para 100,1 pontos, permanecendo em nível considerado neutro (nem pessimista nem otimista).
Para 2020, a continuidade da trajetória positiva dependerá da redução da incerteza, na visão da entidade. "Os sinais são favoráveis para o ano de 2020, mas a continuidade da recuperação depende da redução da incerteza, que ainda se mantém em nível elevado, para que as empresas voltem a investir", diz outro trecho da nota da FGV.
O ICE reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em termos da composição setorial, houve melhora na confiança de todos os setores. A confiança da Indústria subiu 3,2 pontos no mês e fechou o ano crescendo, em média, 1,5 pontos no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior.
A confiança da Construção, que vem crescendo desde o final do segundo trimestre de 2019 (à exceção de setembro), atingiu 92,3 pontos, o maior nível desde junho de 2014 (92,9 pontos).
Em relação a percepção sobre a situação corrente houve melhora nos quatro setores, com destaque ao ISA da Indústria, que subiu 4,0 pontos. "As expectativas seguem tendência favorável, exceto no Comércio que recuou em dezembro", diz a nota da FGV.
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