A Federação Única dos Petroleiros (FUP) está organizando protestos para a manhã desta sexta-feira, 17, contra a decisão da atual diretoria da Petrobras de desativar a Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR). Cerca de mil funcionários devem perder seus empregos, sem contar o impacto indireto na região.
Segundo a Petrobras, os resultados da Ansa, historicamente, demonstram a falta de sustentabilidade do negócio.
Somente de janeiro a setembro de 2019, a Araucária gerou um prejuízo de quase R$ 250 milhões. Para o final de 2020, as previsões indicam que o resultado negativo pode superar R$ 400 milhões.
A matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) seria mais cara do que fontes como o gás, usado amplamente na indústria mundial para a produção de ureia.
A FUP argumenta, entretanto, que o prejuízo da estatal é contábil, uma vez que a matéria-prima usada pela unidade é um resíduo que vem da vizinha Repar, que é da Petrobrás.
"Só que a Fafen paga preço de mercado internacional, não o real custo do insumo. Até 2015 a Fafen dava lucro, mas essa mudança contábil da Petrobras fez a companhia ter prejuízos", aponta o diretor de Comunicação da FUP, Gerson Castellano.
A maior mobilização será na entrada da Ansa/Fafen, apontou o sindicato, mas também haverá manifestações no Edifício da Petrobras (Ediba) em Salvador (BA); na Refap, em Canoas (RS); na Regap, em Betim (MG); e na Replan, em Paulínia (SP).
Ainda estão confirmados atos na Reman (Amazonas), no Polo Guamaré (Rio Grande do Norte), na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal de Suape (Pernambuco), no Terminal de Vitória/Tavit (Espírito Santo), na Reduc (Rio de Janeiro) e na Recap (São Paulo).
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