O ritmo de emplacamentos de veículos leves no Estado de São Paulo caiu 70% na última semana de janeiro em razão de um período de transição para a adoção da nova placa do Mercosul, que se tornou obrigatória no dia 31. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a mudança adiou o emplacamento de pelo menos 9 mil carros, que estão sendo emplacados em fevereiro.
A queda ocorreu porque o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), responsável pelos emplacamentos, decidiu que, na última semana antes do início da obrigatoriedade da nova placa, só seriam emplacados, com a placa antiga (cinza), os carros para os quais a taxa de emplacamento já tivesse sido paga até o dia 24 e tivessem com toda a documentação resolvida até o dia 28.
Os proprietários de veículos que não cumpriram nenhuma dessas duas exigências tiveram de esperar até o dia 31. A "espera" fez com que a média diária de emplacamentos em janeiro, de 2.170 unidades entre os dias 2 e 24, caísse 70% na última semana, para 643, segundo dados aos quais o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso. No dia 31, quando os emplacamentos passaram a ser feitos com a nova placa, houve um salto para 1.808 registros.
Pelas contas da Fenabrave, a suspensão dos emplacamentos na última semana São Paulo, maior mercado de veículos do Brasil, prejudicou o balanço que a entidade faz para monitorar as vendas.
A federação toma como base o número de emplacamentos registrados e, com os atrasos no principal Estado, houve queda de 3,4% em relação a janeiro do ano passado no mercado nacional. Se os 9 mil carros tivessem sido emplacados em São Paulo, haveria crescimento de 1% em todo o Brasil.
Ainda segundo a Fenabrave, a suspensão vista em São Paulo não foi observada em outros Estados. Os emplacamentos que seriam feitos na última semana de janeiro têm sido feitos em fevereiro, o que deve impulsionar os resultados de vendas do segundo mês do ano, a serem divulgados no dia 2 de março pela federação.
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