Em comunicado ao mercado, a Eletrobras respondeu a reportagem publicada pelo Valor Econômico, que tratava do possível aumento nas contas de energia com a entrada em operação da Usina Nuclear Angra 3. Segundo a estatal, a tarifa teto estabelecida para Angra 3 é de R$ 480/MWh, enquanto que a bandeira tarifária vermelha nível 2, que determina o acionamento da termelétricas mais caras, é de R$ 770/MWh.
A Eletrobras lembra ainda que o parque térmico brasileiro tem capacidade de aproximadamente 20 mil MW, dos quais 14 mil MW são comercializados com tarifa maior que sugerida para Angra 3. "Isso significa dizer que o preço da energia da UTN Angra 3 é significativamente competitivo para a realidade brasileira", diz a companhia no comunicado.
A companhia contesta também a comparação dos custos de Angra 3 em relação a Angra 2, que são 40% maiores. A companhia lembra que Angra 2 foi construída durante um período de câmbio muito favorável, em que dólar valia R$ 1,21 entre 1994 e 200, enquanto a taxa base para Angra 3 é de R$ 3,77, uma diferença de 211%.
Outro ponto levantado pela estatal é sobre a situação financeira da Eletronuclear, dizendo que não há inadimplência junto ao BNDES e à Caixa Econômica Federal, além de ter seus balanços auditados.
Aditivos
Em outro comunicado, a Eletrobras informa aditivos e contratos assinados pela empresa e suas subsidiárias. Foi assinada uma confissão de dívida da Eletronet, de R$ 130 milhões, com a LT Bandeirante, Eletropar, Chesf, Eletronorte, Eletrosu e Furnas.
Além disso, foi assinado um aditivo entre a Eletronet e a Eletropar para prorrogar contratos de uso de infraestrutura e de fibras lançadas pela Eletronet usadas pelas empresas controladas pela Eletrobras. O contrato foi prorrogado para 20 de agosto de 2039.
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