Rio – A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro de 2020, na comparação com dezembro de 2019, após dois meses seguidos de queda, que acumularam recuo de 2,4%. Na comparação com janeiro de 2019, o índice caiu 0,9%. Em 12 meses, a atividade industrial acumula perda de 1%. Os dados estão na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, janeiro apresentou o avanço mais intenso desde agosto de 2019, quando o crescimento foi de 1%, com taxas positivas em três das quatro grandes categorias econômicas e 17 das 26 atividades. Os bens de capital tiveram aumento de 12,6% na comparação com dezembro e de 3,9% em relação a janeiro do ano passado. A taxa interrompe o ciclo negativo iniciado em maio de 2019 e que acumulou queda de 14,8% no período.
O segmento de bens intermediários cresceu 0,8% em janeiro na comparação com dezembro, mas apresenta queda de 1,6% em relação a janeiro de 2019. Os bens de consumo duráveis cresceram 3,7% na comparação mensal e 1,7% na anual, após perda acumulada de 6,8% em novembro e dezembro. Já o setor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 0,1% em relação a dezembro e 0,5% na comparação com janeiro de 2019. Este é o terceiro mês seguido de queda.
Entre as atividades econômicas, as principais influências na comparação mensal foram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4%), metalurgia (6,1%), produtos alimentícios (1,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%). Também tiveram resultados positivos as áreas de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,2%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,5%), outros produtos químicos (1,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3%), celulose, papel e produtos de papel (1,6%) e produtos de minerais não metálicos (1,8%).
Entre os oito setores que apresentaram queda na produção em janeiro, os destaques foram impressão e reprodução de gravações (-54,7%), o que anulou o crescimento de 92,2% de outubro a dezembro de 2019; e indústrias extrativas (-3,1%), que completou cinco meses seguidos de queda, com acumulado de -8,9% nesse período.
Distância A alta de 0,9% registrada pela indústria em janeiro ante dezembro diminuiu a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE. Em janeiro, o patamar de produção estava 17,1% menor que o auge alcançado em maio de 2011. "A indústria opera em patamar semelhante a janeiro e fevereiro de 2009, mesmo com aquela melhora que o setor industrial apresentou em agosto, setembro e outubro", afirmou André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE.
No mês de janeiro, a fabricação de bens de capital estava 35,5% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operavam 26,5% aquém do ápice de produção visto em junho de 2013. Já os bens intermediários estavam 16,6% abaixo do pico visto em maio de 2011, e os bens de consumo semi e não duráveis operavam 10,8% aquém do auge registrado em junho de 2013. (Com Agência Brasil)