Após a cobrança do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), para que o governo federal acelere na sanção e pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a informais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que todos estão acelerando para que o dinheiro esteja na mão das pessoas o mais rápido possível. Guedes, no entanto, pediu apoio do Congresso Nacional para que os ritos burocráticos sejam viabilizados.
"Acho que, no momento que somos atingidos por uma coisa dessa gravidade, é momento de ajudar uns aos outros. Sempre vai haver críticas. Mas eu sugiro o seguinte. Nós temos um problema técnico de fontes. O Maia pode ajudar muito se aprovar em 24 horas uma PEC emergencial nesse sentido", afirmou Guedes.
O ministro detalhou os ritos burocráticos e disse que se os procedimentos não forem feitos da forma correta, que poderiam ser transformados em ‘pedaladas fiscais’, podendo até resultar em impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no futuro.
“As medidas econômicas estão avançando, mas depois elas vão para a Casa Civil, para o presidente, a CGU, a AGU. É um rito burocrático que se segue, porque nós estamos lidando com recurso público. Se fosse dinheiro nosso, botava a mão no bolso e soltava em 30 minutos. Mas é recurso público. Isso mais tarde é pedalada fiscal, impeachment, não foi autorizado dessa forma", declarou.
Nesta terça-feira (31), Rodrigo Maia disse que o governo poderia agilizar a liberação do 'coronavoucher' de R$ 600, projeto aprovado na Câmara e no Senado e que aguardar até o dia 16 de abril, data prevista para o pagamento, 'não seria a melhor solução'.
“(Dia) 16 de abril não parece tão emergencial. Governo tem toda estrutura, mesmo de forma remota, para organizar o pagamento de brasileiros antes”, cobrou.