A cotação do dólar nesta quarta-feira (1º) começou o dia girando em alta. A valorização nesses três primeiros meses do ano chega a 30%. Na manhã de hoje, a moeda norte-americana chegou a ser vendida a R$ 5,28, em São Paulo, R$ 5,30, no Rio de Janeiro, R$ 5,48, em Belo Horizonte, e com igual valor em Curitiba e Porto Alegre.
A constante alta do dólar no país já era esperada pelos economistas com a crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus, com o inevitável isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (ONU), para evitar o colapso do sistema de saúde e, portanto, mortandade em escalada sem precedentes por causa de uma única doença, no caso o Covid-19.
A pressão cambial tem forçado o Banco Central a intervir no mercado, vendendo dólares em caixa da chamada ‘reserva internacional’, uma espécie de seguro do país para lidar com a alta ou queda excessiva do dólar, minorando prejuízos à economia do país
Desde que o presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) assumiu, em 1º de janeiro de 2019, o governo já gastou US$ 23,2 bilhões para 'acalmar o mercado’. Esses números são da contabilidade oficial até o último dia 6 de março.
Quando Bolsonaro assumiu a Presidência da República, as reservas internacionais eram de US$ 374,7 bilhões.
Bolsa
Em contrapartida ao dólar, cai o principal índice Bovespa, que mede as ações das principais empresas que operam na Bolsa de São Paulo. A queda na manhã de hoje é de 2,93%.
Nessa terça-feira (31), a Bolsa fechou com recuo de 2,17%, acumulando uma queda 29,9% em março, o pior desempenho para um mês desde agosto de 1998. O acumulado negativo de 2020 já é de 36,86%.