O custo de vida em Belo Horizonte teve alta de 0,18% em março em relação a fevereiro, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) da capital, calculado pela Fundação Ipead/UFMG. O índice mede a evolução dos gastos das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos e indica a inflação oficial do período. Os preços médios em BH acumulam alta de 1,27% no ano e de 4,32% nos últimos 12 meses. Com isso, a inflação da capital está acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4%.
Entre os grupos de itens que compõem o IPCA, o de vestuário e complementos registrou alta de 4,47% em março. Já os alimentos in natura ficaram em média 2,74% mais caros em um mês. Entre os produtos, a camisa masculina registrou alta de 11,66% nos preços, enquanto os custos de assinatura de telefonia fixa e internet subiram 6,49%.
O custo da cesta básica apresentou a segunda alta consecutiva em março/2020 (2,50%), custando R$ 476,43 no mês. É o maior valor já observado na série histórica da pesquisa, a qual teve início em junho de 1994. O tomate Santa Cruz (7,01% no mês) foi o principal responsável por esse aumento da cesta no mês de março.
Por outro lado, os custos de bebidas em bares e restaurantes caíram 1,46% no mês. Outro grupo de produtos que registrou queda nos preços foi o de alimentos de elaboração primária – que inclui carnes e ovos - com retração de 0,82%. A maçã gala foi o produto que mais caiu de preço em março, com queda de 18,59%, seguida da assinatura de telefonia fixa, que ficou em média 11,29% mais barata.