O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirmou na noite desta quarta-feira (1) que o programa emergencial de manutenção de emprego e renda que foi anunciado pelo governo federal permitirá ao Brasil preservar milhões de empregos e de empresas. Para ele, as medidas são assertivas e corretas e permitirão superar a crise provocada pela pandemia do coronavírus de maneira mais rápida, “em poucos meses”.
Na tarde desta quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes anunciou que as empresas poderiam reduzir a jornada e o salário dos trabalhadores em uma faixa de 20% a 30% com o governo pagando o restante dos salários dos empregados, sem dar detalhes. “Nós vamos pagar as empresas para manter os empregos”, disse o ministro em coletiva à tarde. A medida, segundo a equipe econômica custará R$ 51 bilhões. “Esse programa assegura tranquilidade para dezenas de milhões de brasileiros, que estavam com seus empregos ameaçados”, avaliou Roscoe.
O presidente da Fiemg lembrou que muitos trabalhadores estão em casa, recebendo sem trabalhar e que as empresas já não estavam mais suportando esses custos porque suas receitas foram praticamente zeradas e as obrigações se mantiveram. “As empresas terão que arcar com uma parcela do custo do trabalho e não com a totalidade. Preservaremos milhões de empresas também e assim, quado acabar o período de confinamento, teremos uma retomada mais rápida da economia” afirmou o empresário. Isso, segundo ele, porque o mercado estará garantido pelos milhões de empregos preservados. Para ele, as medidas do governo protegem o empregado e o empregador.
Com essas medidas, segundo Flávio Roscoe, o drama social é minizado. Além das medidas, o presidente Jair Bolsonaro sancionou na noite de ontem a ajuda emergencial de R$ 600 que será paga aos trabalhadores informais, autônomos e de baixa renda. “O governo está preservando a economia e preservando a sociedade”, afirmou o presidente da Fiemg. Ele destacou ainda a decisão do governo de prorrogar o pagamento de impostos, o que aliviará o caixa das empresas, “para cumprir suas obrigações com seus funcionários e com seus fornecedores”.
Também na noite desta quarta-feira, o governo divulgou detalhes da medida provisória (MP 928/20) que permite a suspensão temporária do contrato de trabalho, em salário, por até quatro meses ou redução do salário em até 70%, com o trabalhador recebendo o seguro-desemprego durante o tempo de suspensão do contrato ou tendo a complementação da renda com o recebimento de uma parcela do benefício. As empresas que aderirem terão que garantir estabilidade pelo dobro do tempo de vigência da excepcionalidade e não poderá haver redução no valor da hora trabalhada.