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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Com uso 30% maior da internet, operadoras garantem manter sinal

Empresas de telecomunicações adotam monitoramento das redes para evitar bug ou instabilidade, devido à demanda decorrente do isolamento para combater o novo coronavírus


postado em 02/04/2020 15:18 / atualizado em 02/04/2020 15:36

(foto: Portal do Consumidor/Gov/Divulgação)
(foto: Portal do Consumidor/Gov/Divulgação)
Para evitar uma sobrecarga das redes de telecomunicações e manter o sinal de pé até o final da pandemia de coronavírus, as empresas de telefonia e internet móvel garantem que estão monitorando seus sistemas e tomando medidas de precaução. Dados preliminares do Comitê Gestor de Internet do Brasil (CGI) mostram que o tráfego de internet – tanto móvel como fixa – já cresceu 30%. Com o isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde para conter a COVID-19, as pessoas vão ficar mais em casa e a demanda tende a crescer nos próximos meses.
 
Até o momento, não foi identificado nenhum problema na rede, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de telefonia e de serviço móvel celular e pessoal (SindiTelebrasil) – que representa as companhias Claro, Oi, TIM, Vivo, Algar Telecom, Nextel e Sercomtel. “A capacidade das redes de telecomunicações não é infinita, mas as empresas estão (tomando) todos os esforços para manter a segurança, a estabilidade e o funcionamento”, afirma a associação, em nota.

Segundo o SindiTelebrasil, o monitoramento do tráfego permite que as empresas possam reparar possíveis congestionamentos. Ainda segundo o sindicato, as equipes de manutenção estão em plantão permanente, e as companhias estão atuando com “atenção e cuidado redobrado” na operação das redes. Além disso, a associação diz que os clientes estão sendo diretamente orientados a usar os serviços com responsabilidade para evitar sobrecarga.

O aumento do uso dos serviços de telecomunicações com a crise do coronavírus preocupa as empresas do setor, que querem ampliar a infraestrutura da rede. Porém, na avaliação do SindiTelebrasil, as prefeituras dificultam a instalação de antenas com a demora dos processos de licenciamento. Por isso, a associação enviou pedidos de liberação imediata de instalações às autoridades de capitais como Belo Horizonte, São Paulo e Brasília. De acordo com sindicato, há mais de 4 mil pedidos de licenciamento de antenas parados em prefeituras de todo o país, alguns há mais de um ano.

Segundo o diretor de infraestrutura do SindiTelebrasil, Ricardo Dieckmann, as operadoras enfrentam esse problema já há algum tempo, que se agravou com a COVID-19. Ele afirma que a Prefeitura de Belo Horizonte trata todos os licenciamentos de instalação e manutenção de antenas como de caráter ambiental, o que alonga o processo. “Isso deveria acontecer só se fosse em área de proteção. As empresas têm em BH um número grande de antenas aguardando para ser instaladas”, diz Dieckmann.

Licenciamento


Questionada sobre a reclamação das operadoras, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, afirma em nota que “a maioria dos pedidos de concessão de licenciamento ambiental para a instalação de antenas de telecomunicações são deferidos no tempo estabelecido pela legislação”.

De acordo com a PBH, por causa da epidemia de coronavírus, as operadoras não precisam de autorização para fazer manutenção nos equipamentos e devem apenas comunicar depois os reparos. No comunicado, a prefeitura ainda cita um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal “que atualiza e moderniza os procedimentos de licenciamento de antenas de telecomunicações”.

Além de pretender reforçar a infraestrutura para enfrentar o coronavírus, as operadoras de telefonia e internet móvel anunciaram medidas de acesso à informação e maior conectividade. As empresas divulgaram que vão garantir acesso gratuito a canais de notícia e aplicativos oficiais do governo, como o App Coronavírus SUS. Além disso, devem oferecer a abertura de mais canais de TV por assinatura e bônus de internet para os clientes durante o período.

As companhias também divulgaram que estão modificando os canais de atendimento, eliminando os presenciais e adaptando os digitais. Segundo as empresas, todas essas medidas foram implementadas desde 27 de março e valem por tempo indeterminado. Porém, as mudanças serão reavaliadas por comitês de gestão de crise criados em cada operadora.

O SindiTelebrasil afirma que está mantendo diálogo constante com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as ações tomadas durante a crise. “A atuação do setor de telecomunicações é estratégica e fundamental neste momento de reclusão da população e que as empresas necessitam seguir operando para minimizar os impactos na economia”, afirma o sindicato, em nota.
 
*Estagiário sob supervisão da sub-editora Marta Vieira  


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