A pandemia do novo coronavírus reduziu a propensão de consumidores às compras em abril, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 2,5% na passagem de março para abril, saindo de 99,9 pontos para 95,6 pontos no período, na zona de insatisfação.
Na comparação com abril de 2019, o ICF caiu 0,6% em abril de 2020.
A coleta do ICF foi a primeira realizada após o início da explosão da covid-19 no Brasil, se estendendo de 20 de março a 5 de abril.
Em relação a março, o único componente do indicador com avanço em abril foi o que avalia o Acesso ao crédito (0,7%). O item Perspectiva profissional registrou estabilidade (0,0%). Todos os demais recuaram: Emprego atual (-2,9%), Renda atual (-2,1%), Nível de consumo atual (-2,4%), Perspectiva de consumo (-5,5%) e Momento para aquisição de bens de consumo duráveis (-5,9%).
"Houve uma queda acentuada na percepção do momento de compra de duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis", ressaltou a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, em nota oficial.
A parcela de consumidores que acreditam ser um momento negativo para compras de bens duráveis alcançou 60,7% em abril.
Quanto à piora na perspectiva de consumo, 39,5% das famílias acreditam que consumirão menos nos próximos três meses.
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