Mais de dois terços, 67,8%, de um universo de 1731 consumidores ouvidos em uma sondagem feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), esperam que a economia só voltará ao normal seis meses após a quarentena. A pesquisa foi feita neste mês até o último dia 17.
A percepção dos consumidores, pontuam os técnicos da FGV, é parecida com as análises dos economistas, que apontam para uma recuperação lenta e gradual, como já vinha acontecendo.
"Mesmo que o final da quarentena seja definido nos próximos meses, a velocidade da retomada vai depender da velocidade da recuperação da demanda. É importante destacar que a alta taxa de desemprego e as incertezas associadas à pandemia vão contribuir para segurar o ritmo da volta ao consumo", ponderou o economista do Ibre, Rodolpho Tobler, um dos responsáveis pela pesquisa.
A FGV procurou saber também saber o impacto do isolamento social sobre os hábitos de consumo. A este questionamento, 79,1% declararam estar comprando apenas produtos essenciais. Para 15%, a crise não afetou os gastos da família, mas esse porcentual é maior conforme aumenta o poder aquisitivo dos consumidores.
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