Em meio à pandemia do novo coronavírus, que elevou a demanda de famílias e empresas pelo crédito bancário, o spread caiu. Dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 28,9 pontos porcentuais em fevereiro para 27,5 pontos porcentuais em março.
O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 41,3 para 40,1 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 12,0 para 11,3 pontos porcentuais.
O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito.
Os dados apresentados hoje pelo BC já são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por crédito nos bancos. Ao mesmo tempo, o risco de inadimplência nas operações aumentou - o que, em tese, serviria de impulso ao spread.
O spread médio do crédito direcionado foi de 4,1 para 4,2 pontos porcentuais na passagem de fevereiro para março. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 18,6 para 18,0 pontos porcentuais no período.
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