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Estado de Minas

Retomada da economia em MG pode tirar até 1,2 milhão de trabalhadores da quarentena

Levantamento feito pelo projeto coronavírus-MG.com.br leva em consideração cenário onde todos os prefeitos municipais aderissem ao programa Minas Consciente


postado em 28/04/2020 15:46 / atualizado em 28/04/2020 16:02

(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)

Um levantamento feito pelo projeto coronavírus-MG.com.br revela que a retomada gradual da economia em Minas Gerais abre as portas para que até 1,2 milhão de trabalhadores no estado abandonem a quarentena (recomendada pela Organização Mundial da Saúde) e voltem ao trabalho. “Esses profissionais se somariam a outros cerca de 6,9 milhões que atuam em setores considerados essenciais e cuja maioria provavelmente não pôde aderir em nenhum momento ao isolamento social”, publicou Cristiano Martins, um dos responsáveis pelo projeto.

O estudo ressalta que o programa Minas Consciente deixa a decisão de funcionamento das atividades econômicas a cargo dos prefeitos municipais, e que esse retorno é progressivo e dividido em três etapas monitoradas. Porém, o número de 1,2 milhão de trabalhadores que voltariam à atividade é baseado em um cenário em que todas as prefeituras do estado coloquem o programa em prática, o que significaria um aumento progressivo de 67% para 79% da força produtiva para fora do isolamento social. Seriam cerca de 8 milhões de trabalhadores, de um universo total de 10,2 milhões.


O programa criado pelo Governo de Minas divide as atividades em seis partes, conforme o possível impacto sobre a economia e o sistema de saúde: onda 0, serviços essenciais; onda 1, atividades de baixo risco; onda 2, atividades de médio risco; onda 3, atividades de alto risco; onda 4, setores suspensos até o fim da pandemia; e onda 5, atividades que exigem regulações próprias. Assim, estes 8 milhões de trabalhadores, 79% da força de trabalho no Estado, corresponde ao somatório das quatro primeiras ondas identificadas pelo programa, que entrariam em funcionamento gradativamente.

De acordo com o levantamento, a quarta onda, referente aos profissionais que só deverão voltar às atividades após o fim da pandemia, soma cerca de 800 mil trabalhadores, número obtido a partir dos protocolos do programa Minas Consciente levando em consideração as últimas projeções oficias divulgadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O estudo ainda mostra que Belo Horizonte seria o município mais afetado pela suspensão das atividades até o fim da pandemia justamente porque concentra uma média superior à do estado desses profissionais, 11%, contra 7,8% da média estadual. Por consequencia, a capital mineira reúne proporcionalmente menos pessoas trabalhando em setores essenciais (como a produção agrícola e pecuária), que tendem a se concentara nas áreas rurais. Desta forma, estas regiões seriam as menos impactadas pela proposta de reabertura econômica do Governo de Minas Gerais.

O levantamento ainda aponta que a adesão opcional ao programa deverá marcar novos embates políticos: de um lado o governador Romeu Zema (Partido Novo) e seus secretários, que garantem uma retomada constantemente monitorada, regionalizada e tendo como prioridade a vida dos mineiros; por outro lado, o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que tem adotado um discurso firme contra a flexibilização. “A posição de Kalil e seus vizinhos em relação ao programa Minas Consciente é fundamental, pois a Região Metropolitana de Belo Horizonte é a área mais atingida pela doença em Minas e concentra 26% da força produtiva do estado, com 2,7 milhões de trabalhadores ativos”, analisa Cristiano Martins.


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