O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em transmissão ao vivo do Santander nesta quinta-feira, 7, que há um "conflito de posições" e uma "divisão" no governo federal entre a equipe econômica, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e "o que pensa o presidente" Jair Bolsonaro. "A crise política atrapalha. Estamos tentando reduzir o tensionamento", disse. "A Câmara vem tentando contribuir no combate ao coronavírus."
Na avaliação de Maia, os problemas provocados pela crise sanitária e econômica da pandemia de COVID-19 se acentuam ainda com os conflitos políticos no Palácio do Planalto, evidenciado recentemente pelas saídas dos agora ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) da Saúde e Sérgio Moro da Justiça e Segurança Pública.
Para ele, a sociedade fica ainda mais preocupada em relação à gestão da crise e a soluções futuras para os efeitos da pandemia quando olha o conflito político em Brasília.
"Tanto do Supremo Tribunal Federal quanto do Congresso têm vindo reações de não estimular o conflito, uma crise política nesse momento", disse Maia. "A reação nunca tem sido uma resposta dura a algumas posições mais duras do presidente."
No início de sua fala na live, o presidente da Câmara comentou que, quando o surto do novo coronavírus começou na China, todos os países demoraram a se preparar. "O Brasil faz parte disso. (Mas) não é uma crítica ao governo."
Maia alertou sobre como, se a saída da crise não for bem organizada, o custo da dívida será "amargo" para a sociedade. "Daqui para frente, não faremos nada que não seja articulado com a equipe econômica", garantiu. "Não tem como fazer milagre. A conta dessa crise terá de ser paga."
Como a retomada da economia não será "simples", será preciso "diálogo com o governo", acrescentou. Ele enxerga, contudo, a possibilidade de a mobilização precipitada pelos efeitos da pandemia gerar um "realinhamento" para melhorar marcos regulatórios para investimentos.
Sobre a agenda de reformas, o deputado do DEM relatou haver mais apoio no Congresso para a tributária do que para a administrativa. Ainda assim, disse ter expectativa de conseguir votar as mudanças no funcionalismo público a partir de agosto. Na sua visão, a "grande trava" para o setor privado está no sistema tributário e nos gastos públicos, justamente as frentes encampadas pelas duas reformas em questão. "Não dá para ter 96% do orçamento em despesas obrigatórias", advertiu.
Por isso, segundo Maia, será necessário enfrentar questões como a vigência da renda mínima - o auxílio emergencial para trabalhadores informais e de outras categorias, atualmente em vigor por três meses. "Haverá pressão para transformar a renda mínima em permanente, mas a capacidade é limitada."
Sucessão
No encerramento da transmissão ao vivo, Maia foi questionado sobre a sua sucessão na presidência da Câmara, mas desconversou. "O Brasil está tão doido que desde janeiro de 2019 estamos discutindo 2022", brincou. "Vamos tratar da crise. Não precisamos antecipar sucessão da Câmara."
Na avaliação de Maia, os problemas provocados pela crise sanitária e econômica da pandemia de COVID-19 se acentuam ainda com os conflitos políticos no Palácio do Planalto, evidenciado recentemente pelas saídas dos agora ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) da Saúde e Sérgio Moro da Justiça e Segurança Pública.
Para ele, a sociedade fica ainda mais preocupada em relação à gestão da crise e a soluções futuras para os efeitos da pandemia quando olha o conflito político em Brasília.
"Tanto do Supremo Tribunal Federal quanto do Congresso têm vindo reações de não estimular o conflito, uma crise política nesse momento", disse Maia. "A reação nunca tem sido uma resposta dura a algumas posições mais duras do presidente."
No início de sua fala na live, o presidente da Câmara comentou que, quando o surto do novo coronavírus começou na China, todos os países demoraram a se preparar. "O Brasil faz parte disso. (Mas) não é uma crítica ao governo."
Maia alertou sobre como, se a saída da crise não for bem organizada, o custo da dívida será "amargo" para a sociedade. "Daqui para frente, não faremos nada que não seja articulado com a equipe econômica", garantiu. "Não tem como fazer milagre. A conta dessa crise terá de ser paga."
Como a retomada da economia não será "simples", será preciso "diálogo com o governo", acrescentou. Ele enxerga, contudo, a possibilidade de a mobilização precipitada pelos efeitos da pandemia gerar um "realinhamento" para melhorar marcos regulatórios para investimentos.
Sobre a agenda de reformas, o deputado do DEM relatou haver mais apoio no Congresso para a tributária do que para a administrativa. Ainda assim, disse ter expectativa de conseguir votar as mudanças no funcionalismo público a partir de agosto. Na sua visão, a "grande trava" para o setor privado está no sistema tributário e nos gastos públicos, justamente as frentes encampadas pelas duas reformas em questão. "Não dá para ter 96% do orçamento em despesas obrigatórias", advertiu.
Por isso, segundo Maia, será necessário enfrentar questões como a vigência da renda mínima - o auxílio emergencial para trabalhadores informais e de outras categorias, atualmente em vigor por três meses. "Haverá pressão para transformar a renda mínima em permanente, mas a capacidade é limitada."
Sucessão
No encerramento da transmissão ao vivo, Maia foi questionado sobre a sua sucessão na presidência da Câmara, mas desconversou. "O Brasil está tão doido que desde janeiro de 2019 estamos discutindo 2022", brincou. "Vamos tratar da crise. Não precisamos antecipar sucessão da Câmara."