Os brasileiros que tiveram o auxílio emergencial negado, mas perderam o emprego durante a pandemia do novo coronavírus podem solicitar novamente o benefício de R$ 600 e receber a ajuda do governo. A possibilidade foi confirmada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira (7).
Porém, podem passar a se enquadrar nesses critérios caso fiquem desempregadas durante a pandemia da COVID-19.O discurso do presidente da Caixa corrobora o estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado que alerta para a probabilidade de o número de brasileiros elegíveis aos R$ 600 superar novamente as estimativas do governo por conta do avanço do desemprego. Pedro Guimarães falou sobre essa possibilidade quando foi questionado, em live realizada nesta tarde no YouTube da Caixa, sobre o motivo que levou 26 milhões de brasileiros a terem o cadastro do auxílio emergencial negado pelo governo. Segundo ele, essas pessoas não se encaixavam nos critérios de concessão dos R$ 600, previstos pela Lei 13.982.
"As pessoas que estavam empregadas, mas perderam o emprego durante a vigência [do auxílio emergencial], até 3 de julho, essas poderão se recadastrar, porque está na data base da Receita que não estão mais empregadas. É o caso mais simples de pessoas que tiveram o benefício invalidade porque estavam empregadas e, ao perderem o emprego, poderão receber", afirmou o presidente da Caixa.
Porém, podem passar a se enquadrar nesses critérios caso fiquem desempregadas durante a pandemia da COVID-19.O discurso do presidente da Caixa corrobora o estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado que alerta para a probabilidade de o número de brasileiros elegíveis aos R$ 600 superar novamente as estimativas do governo por conta do avanço do desemprego.
Segundo a IFI, é provável que o número de beneficiados pelos R$ 600 passe dos atuais 50 milhões para 79,9 milhões de pessoas por conta do impacto da crise do coronavírus na renda e no trabalho da população brasileira. O aumento forçaria o governo a elevar em mais R$ 30 bilhões o orçamento do programa, levando esse orçamento a R$ 154,4 bilhões.
E esse aumento equivale apenas ao cenário mais provável, segundo a IFI. A instituição acredita que, caso o impacto do coronavírus no mercado de trabalho seja maior que o esperado, o número de elegíveis aos R$ 600 pode chegar até a 112 milhões de pessoas - mais da metade da população brasileira -, o que elevaria o orçamento do programa para R$ 217 bilhões.