O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, afirmou que a autoridade monetária "não hesitará em tomar medidas de relaxamento adicionais se necessário", em meio à crise econômica provocada pelo coronavírus. Em discurso em seminário virtual, Kuroda explicou que as taxas de juros devem permanecer "nos níveis atuais ou menores" em curto e longo prazo.
"A tarefa de maior prioridade no momento é conter a disseminação da covid-19 assim que
possível e proteger empregos, empresas e os meios de subsistência das pessoas até que isso aconteça", salientou ele.
Kuroda revelou que, apesar das dificuldades impostas pela pandemia, o BoJ segue comprometido com a meta de elevar a inflação a 2%. "Com o impacto da propagação do coronavírus diminuindo no Japão e no exterior, é provável que a taxa de inflação aumente gradualmente com a melhora da economia. Embora isso leve tempo, não há mudança na posição do Banco de alcançar o objetivo de meta de estabilidade de preços", disse.
O dirigente também pontuou que considera de "extrema importância" manter as condições financeiras acomodatícias para garantir estabilidade econômica.
Segundo ele, há o risco de que haja uma deterioração da conjuntura. Embora esse risco não seja considerado significativo neste momento, é necessário prestar muita atenção aos desdobramentos futuros", afirmou.
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