O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que a instituição está equilibrando a questão social, central para o banco, com a financeira. "O banco tem de apresentar resultado, do contrário, não conseguirá realizar de forma eficiente e sustentável o (lado) social", destacou ele, em coletiva de imprensa virtual, na manhã desta quinta-feira, 21.
A crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, conforme Guimarães, já impactou algumas linhas do balanço do banco no primeiro trimestre, mais especificamente em março, quando foram adotadas medidas de isolamento social para combater a propagação da doença no País.
Apesar disso, ele afirmou que o balanço do banco segue sólido. "O balanço da Caixa é, continua e continuará extremamente sólido", reforçou o presidente da Caixa.
Guimarães repetiu que o banco não 'fará tudo' e seguirá focado em poucos segmentos como, por exemplo, imobiliário e de microcrédito. "Não adianta a gente tentar fazer tudo e logo adiante o Tesouro Nacional, dono da Caixa, ter de capitalizar o banco para evitar problema", disse o executivo.
O banco público anunciou no período da manhã lucro líquido recorrente de R$ 3,0 bilhões no primeiro trimestre, montante 7,5% menor que o visto um ano antes, de R$ 3,295 bilhões. A queda ocorreu, sobretudo, em meio à queda da margem financeira, que é impactada pela redução da Selic e ainda o movimento de corte de juros que o banco tem feito em algumas modalidades como, por exemplo, no cheque especial.
"A redução da Selic vai impactando. Para mantermos retorno (ROE, na sigla em inglês), temos de emprestar mais e melhor. Já tivemos impacto em março ainda por conta do novo coronavírus, o que explica algumas linhas do resultado", afirmou o presidente da Caixa.
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