As exportações de sucata de ferro e aço, insumo utilizado na produção de aço pelas usinas siderúrgicas, continuam a ser a melhor alternativa para as empresas do setor, diante da queda na demanda interna pelo insumo.
Entre janeiro e maio deste ano, as exportações chegaram a 316 mil toneladas, com crescimento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado, com 193 mil toneladas vendidas no exterior, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Com a retração da economia interna e a paralisação de compras por parte das usinas, a exportação, principalmente aos países da Ásia, tem sido uma boa opção”, diz Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).
As vendas externas têm permitido também manter as operações das empresas de sucata neste momento de pandemia e, com isso, os empregos do setor estão sendo preservados. “O comércio atacadista de sucatas metálicas, mesmo com as dificuldades e sem contar com linha específica de crédito e estímulo governamental, vem mantendo o nível de emprego formal", afirma Alvarenga.
Em São Paulo, principal mercado de sucata do país (mais de 40% do total), há hoje cerca de 9,6 mil empregos formais, número praticamente estável em relação aos últimos dados oficiais disponíveis, de dezembro de 2019, do Ministério do Trabalho. No Brasil, o total de empregados é de quase 22 mil.