Um levantamento feito no início do mês com empresários da indústria têxtil retrata um cenário de perda de pedidos, demissões e dificuldade de acesso ao crédito em razão da crise do coronavírus, que causou fechamento do comércio de produtos considerados não essenciais, incluindo as lojas de vestuário.
Feita pela Abit, entidade que representa as fábricas de produtos têxteis, a sondagem mostra que 96% das empresas tiveram queda na carteira de encomendas, sendo que mais da metade das fábricas (55%) registrou redução superior a 50% no número de pedidos.
Diante da falta de encomendas, 60% das empresas informaram que demitiram durante a crise, com a mais da metade do setor cortando de 5% a 20% do quadro de funcionários que tinha antes da pandemia.
A consulta feita pela Abit revela ainda que 56% das empresas da indústria têxtil procuraram recentemente alguma linha de crédito - principalmente, para capital de giro, finalidade de 79% dos que buscaram crédito.
As empresas, porém, apontam, em grande maioria (71% do total), condições piores oferecidas pelos bancos, citando aumento de taxas, prazos reduzidos e a cobrança de uma quantidade considerada excessiva de garantias.
A enquete foi realizada pela Abit na primeira semana de junho junto a 58 empresas do setor têxtil.
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