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Estado de Minas AUMENTO PRO CONSUMIDOR

Carnes ficam mais caras na Grande BH, mas cenário é de instabilidade

Pandemia do novo coronavírus e divulgação do estudo que levantou a possibilidade de uma nova gripe suína são principais motivos para incertezas


postado em 30/06/2020 10:42 / atualizado em 30/06/2020 11:16

Carne bovina foi a que registrou maior aumento(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Carne bovina foi a que registrou maior aumento (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Os preços das carnes ficaram mais salgados na Grande BH neste mês - é o que aponta pesquisa do site MercadoMineiro, com o app ComOferta. O levantamento registou aumento de até 4,62% com relação a maio de 2020.

Apesar disso, a instabilidade causada pelo novo coronavírus e pela descoberta de um outro novo vírus capaz de causar gripe suína pode mudar esse cenário a qualquer momento.

O economista Feliciano Abreu, responsável pela pesquisa, afirma que o aumento nos preços se deu justamente por um ensaio de retomada da economia chinesa. "A gente viu um aumento das exportações no último mês, já que a situação da pandemia deu uma melhorada na China e eles voltaram a importar. Com isso, houve um aumento na demanda brasileira e, consequentemente, aumento do preço pro consumidor final", explica.

Essa situação, entretanto, pode mudar a qualquer momento. "A ocorrência de novos casos de coronavírus na China e, principalmente, a questão dessa nova crise suína vão afetar a exportação de alguma forma. Há grandes possibilidades dos preços das carnes já caírem de novo já na semana que vem", comenta.

Por isso, Abreu alerta para que os consumidores comprem apenas o necessário. "O cenário é de instabilidade, então não adianta estocar carne agora. Pode ser que semana que vem esteja mais barato, então compre somente o necessário e aguarde para comprar de novo nas próximas semanas e não perder dinheiro", alerta.

Maior aumento na carne bovina


O levantamento aponta que os maiores aumentos de preço foram registrados nas carnes bovinas. O contrafilé subiu 4,62%, enquanto a fraldinha encareceu 4%, o acém, 3,99%, a alcatra, 3,56% e o chã de dentro, 3,4%. A pesquisa foi realizada entre 26 e 29 de junho e 79 açougues foram consultados.

Apesar disso, o encarecimento não foi exclusivo para os cortes de boi. O toucinho de torresmo suíno registrou aumento de 3,5%, enquanto a pazinha subiu 2,77% e o lombo, 2,17%. O preço médio do frango também subiu, mas ainda é a carne mais em conta. 

Variação de um mesmo produto


Um mesmo corte pode ter variação de até 250% a depender do açougue em que é comprado, aponta a pesquisa. As maiores oscilações são registradas na bisteca com costela suína (212%), no pernil (154%), no contrafilé (150%), no lombo (118%), na picanha (133%) e na maminha (100%).

Essas diferenças de preço são normais, garante a pesquisa, e variam de acordo com a localização do açougue e com a qualidade dos produtos
 
* Estagiário sob supervisão do subeditor Daniel Seabra


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