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Estado de Minas AGRICULTURA

Mineira é destaque em prêmio internacional de café artesanal

Bruna Carolina da Silva, de 22 anos, conquistou o segundo lugar no Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe


16/07/2020 18:02 - atualizado 17/07/2020 19:30

Bruna Carolina da Silva mora na Comunidade do Baú, em Fervedouro, Zona da Mata de Minas, e diz que pretende continuar 'na roça'(foto: Divulgação/ Emater-MG)
Bruna Carolina da Silva mora na Comunidade do Baú, em Fervedouro, Zona da Mata de Minas, e diz que pretende continuar 'na roça' (foto: Divulgação/ Emater-MG)
Se tem uma coisa que mineiro gosta é de um cafezinho. Essa paixão levou a jovem Bruna Carolina da Silva, de 22 anos, que mora na Comunidade do Baú, em Fervedouro, Zona da Mata de Minas, a conquistar o segundo lugar no Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe. Ela disputou na categoria Geração de Renda com o “Café Especial da Bruna”, atingindo a pontuação entre 80 e 100 na tabela de classificação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA).

A produção do café teve início em 2019 e foi toda artesanal, com a ajuda da família. O produto teve a nota de 82,25 pontos e conquistou o vice-campeonato do Concurso Municipal de Qualidade de Café, em Fervedouro. 

Bruna conta que cada etapa foi extremamente cautelosa: “O nosso processo foi desde a colheita seletiva dos grãos maduros, evitando ao máximo os grãos verdes, com peneira 16, deixando somente grão uniforme e sem defeitos. Depois, os grãos foram lavados e esparramados em um terreiro suspenso para secar. Após a secagem, ainda catamos manualmente os cafés verdes que restaram”.

Ela afirma que até o processo final foi pensado para levar a maior qualidade para o consumidor, com embalagens em sacolas com válvula para manter o sabor. 

Na produção do café, Bruna teve a ajuda da mãe, Sônia da Silva; do pai, Célio José da Silva; e da irmã mais nova, Maria Betânia(foto: Divulgação/ Emater-MG)
Na produção do café, Bruna teve a ajuda da mãe, Sônia da Silva; do pai, Célio José da Silva; e da irmã mais nova, Maria Betânia (foto: Divulgação/ Emater-MG)
Foram cinco sacas colhidas de 60 quilos cada, e quase tudo já vendido. O preço desse café especial foi de R$ 1 mil – mais que o dobro do pago pelo convencional que a família produz.

Agora, em época de pandemia do novo coronavírus, a comercialização é feita pelas redes sociais. 

Com o resultado do concurso, a expectativa de Bruna é que a experiência agregue mais valor ao produto: “O resultado vai nos ajudar a divulgar mais o café nas redes sociais e alcançar outros lugares. Até o final do ano, queremos colher mais cinco sacas e vender nossa produção para cafeteiras. Já estamos buscando parcerias. A minha intenção é continuar na roça, gerando mais renda. Dinheiro não é tudo, mas temos de ganhar para ficar na roça. Temos de sonhar”.


Produção de café em Minas

A plantação de café representa 80% da produção agrícola do município de Fervedouro, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

E os cafés especiais ou gourmets são da espécie arábica, a mesma cultivada por Bruna. É também a mais produzida no Brasil e uma das mais plantadas no mundo. 

Minas Gerais é o maior produtor de café arábica do Brasil: corresponde a mais de 70% da produção total do país, segundo a Emater. 
 

Exportação

Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) apontam que, até maio deste ano, o Brasil exportou 2,7 milhões de sacas de cafés diferenciados. Isso representa 16,1% do total embarcado no período.

Esse montante gerou uma receita de US$ 455,4 milhões aproximadamente R$ 2,43 bilhões.
 
Contato para compra do café: (32) 99907-3758
Ou, pelo instagram @brunasilwa 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina  


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