Um levantamento divulgado na manhã desta segunda-feira (27) pelo site de pesquisas Mercado Mineiro aponta variação máxima de até 152% no preço dos testes do novo coronavírus (Sars-Cov-2) em farmácias, drogarias e laboratórios de Belo Horizonte, no período entre 22 e 24 de julho. Com a ascensão da curva de contaminação da doença, os exames estão sendo cada vez mais procurados nos estabelecimentos da capital.
O levantamento consultou 13 farmácias de Belo Horizonte e encontrou três tipos de exames: o molecular (RT-PCR e RT-PCR Genexpert) – bastonete no nariz –, teste IgG/ IgM – identificam a presença de anticorpos no corpo através de um exame de sangue – e o teste Ag – exame de sangue adequado para pacientes que apresentaram testes de PCR negativos.
As diferenças mais expressivas no comparativo dos exames foram registradas no de IgG/ IgM, que apresentou variação de até R$ 181 (152,10%). O menor valor encontrado foi de R$ 119, no Laboratório Geraldo Lustosa, e o maior foi de R$ 300, no Laboratório Oswaldo Cruz. O preço médio do exame na capital é de R$ 172,76.
Para Feliciano Abreu, coordenador da pesquisa, a explicação para o teste IgG/ IgM ter a menor média de preço entre os exames comparados e, ao mesmo tempo, a maior variação é “provavelmente por ser o mais comum. Se é que podemos dizer que existem um exame comum”, declarou.
O exame Ag, que verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus, pode custar R$ 150 até R$ 219,90, com variação de R$ 69,90, ou seja, 46,60%. O mais barato e o mais caro foram identificados no Sesc Centro de Excelência em Saúde e nas Farmácias Dona Clara, respectivamente.
Maior preço médio
De acordo com a pesquisa do Mercado Mineiro, o exame molecular ou PCR apresentou a menor variação no preço em comparação aos demais, 20,48%, sendo encontrado a partir de R$ 249, no Dr. Consulta, e com valor máximo de R$ 300, no Laboratório Oswaldo Cruz - diferença de R$ 51. Já o preço médio de R$ 274,89, é o mais caro entre os três tipos analisados.
Outros exames
A pesquisa do site também identificou que outros exames considerados “comuns” têm variações significativas. A maior delas fica por conta do exame PSA (Antígeno Prostático Específico), que apresentou 326% de alteração entre o menor (R$ 19) e o maior preço (R$ 81).
Além deste exame, o Mercado Mineiro analisou as variações de mercado no preço dos exames de plaquetas, proteínas, hemogramas e colesterol, sendo elas 185%, 185%, 127% e 95%, respectivamente.
Para mais informações sobre a pesquisa clique aqui.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
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