Balanço divulgado nesta sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a entidade que representa a indústria nacional de veículos, mostra que a produção das montadoras recuou 36,2% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado.
Frente a junho, contudo, a produção teve alta de 73%, confirmando que, embora a ritmo inferior ao nível pré-pandemia, a atividade do setor segue em recuperação após a paralisação praticamente por completo das linhas de montagem em abril.
No total, 170,3 mil veículos - entre carros de passeio, veículos comerciais e ônibus - foram fabricados no mês passado, o que leva a produção acumulada desde janeiro para 899,6 mil, 48,3% abaixo dos sete primeiros meses de 2019.
Ao comentar o desempenho, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse que, embora praticamente todas as fábricas tenham retomado as atividades, a produção está muitas vezes acontecendo em apenas um turno. Quando acontece em dois turnos, é para evitar a aglomeração de operários. Também houve nos últimos meses uma preocupação do setor em reduzir estoques.
Segundo o executivo, a tendência é que a partir de agosto, o setor comece a calibrar a produção a um volume mais compatível com a demanda. "Acho que isso vai acontecer até o fim do ano", comentou Moraes em entrevista coletiva virtual à imprensa.
Desagregando os números por segmento, a produção de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, caiu 36% na comparação de julho com o mesmo mês de 2019, mas avançou 77,3% frente a junho, chegando a 162,2 mil unidades no mês passado.
A produção de caminhões, de 6,8 mil unidades no mês passado, teve queda de 37,5% no comparativo anual e alta de 22,3% em relação a junho.
Completa a estatística a produção de 1,2 mil ônibus, o que representa um recuo de 53,1% em relação ao número de julho do ano passado. Na comparação com junho, a produção de coletivos caiu 10,7%.
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