A Máquina de Vendas, dona das varejistas Ricardo Eletro e Insinuante, comunicou que recorreu à recuperação judicial para reestruturar suas operações. Segundo a empresa, a pandemia do novo coronavírus, que paralisou o varejo, contribuiu diretamente para a decisão. As dívidas somam R$ 4 bilhões e entre os maiores credores estão o Itaú, Bradesco, Santander e a Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Consul).
Em vídeo, o presidente da companhia, Pedro Bianchi, informou que todas as lojas foram fechadas e que a varejista irá se concentrar em um novo modelo de negócio, baseado numa rede virtual de parceiros e colaboradores. "Estamos tomando uma decisão corajosa e histórica e vamos fechar todas as lojas físicas e fazer um novo modelo de negócios, vamos democratizar as vendas pela internet", disse Bianchi.
No novo modelo, totalmente virtual, a Ricardo Eletro espera atrair parceiros e colaboradores, sejam pessoas físicas ou varejistas, para vender seus produtos em canais próprios de internet ou da varejista. De acordo com Bianchi, já existem 2 mil parceiros cadastrados para operar o novo modelo.
"Parceiros terão autonomia para negociar preços e condições de pagamento e terão comissões diferenciadas de acordo com o desempenho", afirmou. Dessa forma, segundo Bianchi, os colaboradores poderão ganhar duas ou três vezes mais do que ganhavam. "A ideia é reduzir os custos fixos ao máximo para criar uma rede forte de colaboradores e uma roda de virtude. Hoje nasce o dia da nova Ricardo Eletro".
O executivo prometeu também cortar em mais de 50% o salário da presidência, estabelecer teto salarial para diretores e pagar credores e colaboradores dentro do processo.
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