As captações no mercado de capitais totalizaram R$ 34 bilhões em julho de 2020, alta de 40% sobre junho passado (R$ 24,24 bilhões), segundo dados do boletim mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Mas na comparação com junho de 2019, quando a Anbima havia registrado R$ 60 bilhões em captações no mercado de capitais, a queda ainda é de 43%.
Em renda fixa (debêntures, CRIs, CRAs, notas, etc.), as emissões somaram R$ 15,63 bilhões em julho, praticamente estável em relação aos R$ 15,7 bilhões obtidos em junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o mercado exibiu R$ 30,8 bilhões em captações, a queda foi de 49,2%.
Na renda variável, as ofertas de ações (IPO e follow-on) captaram R$ 13,86 bilhões em recursos, mais que o dobro do obtido em junho último (R$ 5,35 bilhões), mas 46% abaixo do volume registrado em julho de 2019 (R$ 25,72 bilhões).
"A operação de maior peso foi a das Lojas Americanas, no valor de R$ 7,9 bilhões. No ano, as ofertas subsequentes de ações lideraram o segmento com o montante de R$ 45,4 bilhões - igual ao mesmo período do ano anterior - representando uma parcela de 24,5% do volume emitido em 2020", relata a Anbima, no boletim.
No documento, a associação também destacou o aumento das operações com bonds no exterior no mês passado. "No mercado externo, ocorreram sete negócios em julho, todos de renda fixa, no valor de US$ 3,7 bilhões (48,2% acima do mesmo período de 2019). No ano, já foram registradas 20 operações de renda fixa e variável no exterior contra 21 ocorridas no mesmo período no ano passado", informa a Anbima.
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