O Índice de Preços dos Supermercados (IPS) registrou inflação de 0,6% em julho. No acumulado do ano, o índice ficou em 4,98%. No mesmo período de 2019, a alta era de 2,71%. Naquele ano, o indicador fechou os 12 meses com acúmulo de 5,73%.
"Sem dúvida, a exportação da proteína, somada à entressafra do leite, são os principais índices que puxam a inflação para cima", explica o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Ronaldo dos Santos. O índice é calculado pela instituição, em parceria com a Fipe.
O leite está entre os campeões de alta. Em 2020, o produto soma 21,62% de aumento. Segundo a Apas, o item já apresentou acelerações maiores. No primeiro semestre de 2016, houve alta de 55% e, no mesmo período de 2018, avanço de 49%.
Segundo a Apas, o principal motivo para a atual aceleração é a diminuição das chuvas nas regiões produtoras. Com menos pastagens verdes, a produção das vacas leiteiras é afetada. A associação acredita que a tendência de alta se mantenha em agosto, o que deve refletir na indústria de laticínios e derivados. Em julho, o valor da muçarela subiu 11,6% e, o do queijo prato, quase 9%.
No mesmo mês, as carnes bovinas registraram o terceiro aumento seguido do ano, de 1,15%. No entanto, a forte queda de janeiro e fevereiro compensam a subida. Assim, no acumulado de 2020, o preço das carnes caiu 3,4%.
O que segurou o aumento de preço médio nos supermercados do Estado foram as deflações registradas nos produtos de hortifruti, com queda de 2,52%; bebidas, que recuaram 0,43%; e artigos de limpeza, com diminuição de 0,41%. Em junho, o aumento médio havia sido um pouco maior: 0,67%.
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