Após meses de estagnação, por causa da pandemia do coronavírus, a indústria de Minas começa uma fase de recuperação gradual. De acordo com o IBGE, a produção no setor apresentou um crescimento de 5,8% em junho, em comparação com o mês anterior. O avanço no estado acompanha a evolução vista no mesmo período em outras unidades federativas, que apresentaram quedas fortes no início da COVID-19.
Aos poucos, a indústria mineira recupera também o ritmo de produção, depois de paralisações, férias coletivas e interrupções do trabalho na pandemia. No último balanço, Minas havia apresentado recuo de 6%. No indicador acumulado para o período janeiro/junho de 2020, frente a igual período de 2019, o estado apresentou queda de 11%, registrando maior taxa negativa do que a média nacional, que foi de 10,9%.
Ainda que tenha avançado em junho, Minas continua com índice negativo com relação à taxa anualizada, indicador acumulado dos 12 meses. Atualmente, o percentual é de queda de 8,8% - o resultado de junho amenizou um pouco o decréscimo, que antes era de 9,1%.
No estado, observa-se um avanço de seis das 13 atividades analisadas, em relação a igual mês do ano anterior. Os avanços foram das atividades de indústrias de extração (8,5%), fabricação de produtos alimentícios (16,3%), fabricação de bebidas (6,8%), fabricação de produtos do fumo (12,1%), fabricação de outros produtos químicos (57,9%) e fabricação de produtos de minerais não metálicos (5,4%).
Por outro lado, os principais recuos podem ser observados na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-37,6%), fabricação de veículos, automotores, reboques e carrocerias (-35,3%) e fabricação de máquinas e equipamentos (-31,2%).
Demais levantamentos
Outros estados analisados pelo IBGE apresentaram crescimento maior que em Minas em junho. Amazonas (65,7%) e Ceará (39,2%) assinalaram os avanços mais acentuados. As duas praças viveram situação complicada na luta contra o coronavírus, mas apresentam sinais de estabilização, o que se reflete na economia.
Já Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional, que foi de 8,9%. Por outro lado, Mato Grosso (-0,4%) apontou o único resultado negativo em junho de 2020. O estado agora que começa a viver seu período de maior expansão da COVID-19 e se viu obrigado a radicalizar as medidas de isolamento social, com fechamento de postos de trabalho.