O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu lançar na terça-feira (25) o Renda Brasil e o Carteira Verde e Amarela – programas que, segundo o governo, vão amparar os mais vulneráveis e incentivar a entrada dos trabalhadores de baixa renda no mercado de trabalho formal no pós-pandemia.
"Na terça, estamos anunciando mais novidades, como o Verde e Amarelo, o Renda Brasil e mais coisas que estamos elaborando", prometeu Guedes nesta sexta-feira (21), ao anunciar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, o primeiro dado positivo do mercado de trabalho brasileiro na pandemia do novo coronavírus.
Guedes deu essa declaração após longa reunião com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que também está à frente da elaboração desses programas. Porém, não deu detalhes sobre o que o governo estuda nesse sentido.
Afinal, a ideia é criar uma "rampa de ascensão social", dando a renda básica aos mais vulneráveis pelo Renda Brasil e facilitando a entrada desses brasileiros no mercado de trabalho formal, com a redução dos encargos trabalhistas, através da Carteira Verde e Amarela.
No entanto, o valor que será pago pelo Renda Brasil ainda não está definido. Os estudos do Renda Brasil apontam para pagamento entre R$ 250 e R$ 300 por mês. Isto é, um valor intermediário entre os R$ 190 do Bolsa Família e os R$ 600 do auxílio emergencial.
Porém, o valor final vai depender dos recursos que o governo vai conseguir remanejar do Orçamento de 2021, bem como da disposição política do presidente Jair Bolsonaro.
O chefe do Executivo, por sinal, também deve definir nos próximos dias o valor da prorrogação do auxílio emergencial. Ele já avisou que o auxílio vai até o fim do ano, mas com um valor intermediário entre os atuais R$ 600 e os R$ 200 que eram defendidos pelo ministro da Economia.
A expectativa é, portanto, que esse pagamento fique próximo dos R$ 300, para também servir de rampa de acesso ao Renda Brasil. Segundo fontes, os detalhes da prorrogação do auxílio emergencial também devem ser anunciados na terça-feira.
Habitação popular
Ainda está prevista a apresentação do programa de investimentos Pró-Brasil e do programa de habitação popular que vai substituir o Minha Casa, Minha Vida, o Casa Verde e Amarela - ambos capitaneados pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Por isso, uma grande cerimônia parece estar sendo preparada no Palácio do Planalto para a próxima terça-feira, com o intuito de mostrar tudo que o governo de Jair Bolsonaro está preparando para o pós-coronavírus, já de olho nas eleições de 2022.
Mas também com o intuito de reunir em um único e grande anúncio as alas do governo que nos últimos dias deflagraram uma guerra em torno da busca de recursos e da manutenção do teto de gastos.