O mercado imobiliário nacional atravessou um período de forte queda nos lançamentos durante a pandemia, por conta do fechamento do comércio, enquanto as vendas tiveram uma diminuição menos brusca, indicando uma certa resiliência da demanda. Isso é o que mostra pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 24, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O estudo mostrou que, no segundo trimestre de 2020, os lançamentos residenciais totalizaram 16.659 unidades, baixa 60,9% em relação ao mesmo período de 2019. Já no acumulado do primeiro semestre deste ano, os lançamentos alcançaram 37.596 unidades, recuo de 43,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por sua vez, as vendas de imóveis no País somaram 32.346 unidades no trimestre, encolhimento de 23,5%. E no semestre, atingiram 71.109 unidades, baixa de apenas 2,2%.
O resultado de um número de vendas superior ao de lançamentos foi a queda no estoque. No fim de junho, o total de imóveis novos disponíveis para venda, considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas, chegou a 149.700 unidades no País, diminuição de 7,1% em um ano.
Com a velocidade de vendas atual, seriam necessários 10,9 meses para escoar esse estoque. Um ano antes, essa relação era de 14,8 meses.
O levantamento da CBIC mostrou ainda que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) manteve um peso importante no mercado imobiliário nacional, representando 55,6% dos lançamentos e 56,0% ao longo do segundo trimestre.
Já em relação aos preços, o estudo mostrou que o patamar em junho estava levemente abaixo do verificado em março - quando o mercado estava aquecido - mas estável em relação ao fim de 2019.
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