O fluxo de veículos em estradas com pedágio continuou a recuperar em agosto o movimento perdido durante os meses de maior isolamento social devido à pandemia de coronavírus, com, inclusive, o fluxo de pesados retornando a níveis similares ao do mesmo período de 2019. Conforme o Índice ABCR, desenvolvido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada, o movimento de veículos em estradas com pedágio subiu 11,2% em agosto ante julho, com ajuste sazonal.
O resultado foi liderado pelo movimento de leves, que avançou 18,5%, enquanto o de pesados cresceu 1,8%.
Frente a agosto de 2019, o fluxo agregado ainda caiu 10,6%, mas totalmente explicado pelo movimento de leves (-14,30%), já que o de pesados mostrou estabilidade. No ano, há queda no fluxo total de 17,8% (-22,3% de leves e -4,0% de pesados. Da mesma forma, em 12 meses, o recuo é de 10,60% no fluxo de veículos em estradas com pedágio (-13,6% de leves e -1,4% de pesados).
A analista da Tendências Andressa Guerrero destaca que o fluxo de pesados mostrou mais resistência às circunstâncias da pandemia por causa da "continuidade da demanda por bens essenciais, além da manutenção do auxílio emergencial, o que representou impulso adicional a bens de consumo".
Estados
Em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, o comportamento foi similar ao nacional. Em São Paulo, houve avanço de 10,7% no fluxo de veículos em agosto ante julho, com ajuste, com alta de 17,4% de leves e de 1,5% de pesados. Já no confronto interanual, a queda foi de 12,5% (-16,2% de leves e -0,8% de pesados).
No Rio, o crescimento do movimento nas estradas em agosto frente ao mês imediatamente anterior foi de 13,1% (15,1% de leves e 4,3% de pesados. Mas houve recuo ante agosto de 2019, de 7,4%, puxado tanto por leves (-7,7%) quanto de pesados (-5,7%).
No Paraná, o aumento do fluxo de veículos em agosto ante julho, com ajuste, foi de 16,6% (29,6% de leves e 0,8% de pesados). Em relação a igual de 2019, a queda foi de 6,2%, totalmente explicada pelos veículos leves (-11,9%), enquanto o fluxo de pesados subiu 1,7%.
ECONOMIA