Mesmo diante de uma forte recessão econômica, o número de empresas em atividade em Minas Gerais subiu entre março e agosto deste ano. É o que mostram os dados da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg): enquanto 20.563 CNPJs deixaram de existir no período, outros 26.230 foram abertos.
Os dados deixam claro como a pandemia afetou a abertura de novas empresas em Minas. Enquanto os meses de janeiro, fevereiro e março vinham numa tendência de, em média, 4.000 novos CNPJs mensais no estado, em abril foram apenas 2.826. Os números foram subindo gradativamente até que em julho e agosto foram 5.553 novos negócios em cada mês.
Os Empresários Individuais (EI) e as Sociedades Limitadas (LTDA) foram as que representaram o maior número tanto de abertura quanto de fechamentos. Juntas, representam 84% dos novos negócios e 90% dos extintos.
Houve uma tendência de aumento no número de empresas extintas entre abril e julho, que começou a desacelerar em agosto. Com programas de retomada da economia em aceleração na maior parte do estado, a tendência é que esses números sigam em queda.
"A economia está muito muito dinâmica. Esses números são resultados de vários fatores, de pessoas se reinventando. O povo brasileiro é empreendedor e muito otimista", comenta Bruno Falci, presidente da Jucemg.
O presidente da Junta relembra, ainda, que os impactos foram diferentes para cada setor. "É difícil dizer sobre os números porque alguns setores, como agronegócio, construção civil e tecnologia seguem bem, mesmo com os impactos da crise. Bares, restaurantes e serviços, por outro lado, não têm o que comemorar", salienta.
Para Falci, os números podem ser motivo para boas expectativas. "Por mais que os impactos tenham sido diferentes para cada setor, a economia é como um efeito dominó: um puxa o outro. Se está bom pra um, acaba afetando o outro e assim vai", conclui.