A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa uma boa parte dos empregados da Petrobras, informou que alguns sindicatos já aprovaram o acordo coletivo de trabalho (ACT) 2020-2022, negociado com a empresa. As assembleias vão até o próximo domingo.
Nesta quinta-feira, o ACT foi aprovado por 65% dos 3.491 petroleiros e petroleiras que participaram de assembleias promovidas pelo Sindipetro-Norte Fluminense.
Nesta sexta, mais quatro sindicatos filiados à FUP encerram a consulta aos trabalhadores: Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Unificado São Paulo e Rio Grande do Sul. As parciais das assembleias já realizadas também apontam para a aprovação do indicativo de aceitação do ACT.
O ACT 2020-2022 já havia sido aprovado por petroleiros do Espírito Santo, com 85% de aceitação, e das bases de Pernambuco e Paraíba, onde 91,5% dos votantes aprovaram o ACT, seguindo o indicativo da FUP.
"Sabíamos que as negociações com a atual gestão da Petrobras seriam difíceis, pela dificuldade de mobilizar as pessoas por causa da covid-19 e pelo próprio contexto político e econômico do país. O novo texto não traz todas as nossas reivindicações, mas não podemos ignorar que ele tem avanços, principalmente em relação à estabilidade de empregos por dois anos, a própria durabilidade do ACT pelo mesmo período e a manutenção de diversos benefícios que estavam ameaçados", diz o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
O acordo vale por dois anos, até 31 de agosto de 2022, para todas as empresas do Sistema Petrobras, mantendo a íntegra do atual ACT.
A companhia mantém o reajuste zero em 2020 e propõe reajuste automático de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, em setembro de 2021. Ainda pelo acordo, a Petrobras se compromete a não realizar demissões sem justa causa durante a vigência do ACT, ou seja, até 31 de agosto de 2022.
Segundo a FUP, a empresa se compromete a iniciar a negociação do regramento do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2021 imediatamente após o fechamento do ACT.
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