Centrais sindicais criticaram a proposta da equipe econômica do governo de congelar por dois anos o valor das aposentadorias e pensões, bem como do Benefício por Prestação Continuada (BPC), para financiar o Renda Brasil. Segundo nota enviada pela Força Sindical, entidade que reúne as lideranças sindicais de diversas categorias, a ideia representaria "uma injustiça histórica contra os trabalhadores e aposentados do País".
Na manhã desta terça, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tratou de rechaçar a proposta dos técnicos do Ministério da Economia e encerrar, ao menos até 2022, as discussões sobre o Renda Brasil. "Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", disse Bolsonaro.
De acordo com os sindicatos, a ideia de congelar os benefícios traduz uma "lógica equivocada do governo". As lideranças defendem que os reajustes vão contribuir para fomentar a economia. "Com mais rendimentos, os aposentados irão fomentar o consumo, a produção e, consequentemente, a geração de novos postos de trabalho", diz a nota enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Por fim, a Força Sindical ainda pressiona pela prorrogação do auxílio emergencial até dezembro sob o valor original de R$ 600.
A primeira parcela extra do programa, com o novo valor de R$ 300, será paga aos beneficiários na próxima quinta-feira, dia 17. "As Centrais Sindicais irão mobilizar suas bases para sensibilizar os parlamentares para garantir este direito legítimo aos trabalhadores brasileiros", concluem as entidades.
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