As pessoas perderam o medo de comprar pela internet na pandemia. As vendas on-line cresceram. Tudo indica que o movimento continuará em ascensão. Por isso, muitos negócios estão migrando para o mundo digital. Aliás, a mudança é mais fácil do que se imagina, mas é preciso contar com um bom planejamento.
A palavra-chave nesse cenário foi a adaptação. Os comerciantes tiveram que se adaptar ao negócio on-line durante a pandemia. Já os consumidores que ainda não tinham comprado pela internet viraram clientes virtuais.
Segundo a Nielsen, empresa especializada em pesquisa de mercado, a expectativa é termos mudanças permanentes no e-commerce. Aliás, o mesmo instituto diz que a quantidade de consumidores comprando pela primeira vez pelos meios digitais cresceu 45% na pandemia.
Com a chegada da Black Friday 2020, no dia 27 de novembro, e as festas de Natal e Ano Novo, a tendência é que o comércio eletrônico continue em alta. Ainda mais com o pagamento do 13.º salário.
Vendas on-line cresceram 71% na pandemia
Os números confirmam essa tendência. Segundo levantamento do site Compre&Confie, o e-commerce teve um salto de 71% entre fevereiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. A Nuvemshop vai ainda mais longe: levantamento da empresa mostra que as vendas on-line aumentaram 140% em março deste ano.
No geral, elas somaram R$ 27,3 bilhões, segundo o site Compre&Confie, com 68,9 milhões de pedidos realizados, ou seja, uma alta de 82,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O faturamento do setor só não foi maior porque o tíquete médio caiu 6,1%. Os consumidores gastaram, em média, R$ 395,80 com as compras on-line no período. Isso pode ser reflexo da pandemia, já que houve desemprego e perdas salariais.
A primeira grande campanha varejista após a pandemia foi a Semana do Brasil. Entre os dias 3 e 13 de setembro, as lojas ofereceram descontos de até 70%. Mas o levantamento do Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) apontou que, de modo geral, as vendas foram 8,3% mais fracas que na campanha de 2019. Entretanto, o que segurou os negócios foi o e-commerce: ele cresceu 10,3% na Semana do Brasil. O balanço oficial, no entanto, ainda não saiu.
86% das pessoas querem comprar on-line no final do ano
Por consequência, pode-se esperar um bom volume de vendas no comércio eletrônico na Black Friday 2020 e no Natal. Uma pesquisa sobre perspectivas de consumo, feita pela Rakuten Advertising, revelou que 87% das pessoas querem ir às compras para o Natal e que 57% consideram participar da Black Friday neste ano. O dado curioso é que 86% desejam fazer suas compras pela internet.
Então, diante desse cenário, como o empresário deve se preparar? O primeiro passo é fazer um planejamento, colocando na ponta do lápis objetivos e metas. Depois é só contar com as ferramentas que já existem.
Afinal de contas, 150,4 milhões de brasileiros estão conectados à internet, o que representa 71% da população, segundo dados do estudo Digital 2020.
Portanto, para aproveitar essa audiência, o varejista pode se valer de plataformas como as redes sociais e os marketplaces.
E-commerce x loja virtual
Primeiramente, é bom lembrar que existe uma distinção entre e-commerce e loja virtual. Em suma, o e-commerce é qualquer venda pela internet, seja num site da Americanas, por exemplo, ou numa conversa privada pelo WhatsApp.
Já a loja virtual consiste em ter um site próprio, no qual o lojista cadastra seus produtos, vende e entrega ao seu cliente.
Em ambos, para chegar até o cliente é preciso ter estratégias. Quais canais divulgar os produtos e serviços? Veja a seguir:
Facebook Marketplace
Basta ter uma conta pessoal para começar a cadastrar os itens. A plataforma é intuitiva e indica os passos a serem tomados pelo comerciante.
Instagram Shopping
Permite incluir links dos produtos sobre as imagens. Segundo o próprio Instagram, 60% dos internautas descobrem novos produtos através do aplicativo.
WhatsApp Business
Você pode divulgar o link do WhatsApp nas suas redes sociais, atrair o cliente para a conversa privada e fazer a negociação, inclusive com o envio de link para pagamento pelo aplicativo.
Vantagens e desvantagens do marketplace
Mas, além desses aplicativos que já são tão populares, há ainda os sites de vendas das grandes redes. Muitos comerciantes estão migrando seus pontos comerciais físicos para operações em marketplace. Ele nada mais é do que um shopping virtual no qual o comerciante tem sua loja integrada a uma rede, como por exemplo o Ponto Frio.
Confira alguns exemplos de marketplace:
- Americanas;
- Uber (de motoristas autônomos);
- Netshoes;
- Airbnb (de aluguel de imóveis);
- Buscapé;
- Etsy (de produtos de artesanato);
- Amazon;
- Mercado Livre;
- Enjoei;
- OLX.
Contudo, é bom pesar os prós e os contras antes de aderir ao marketplace. Entre os benefícios estão o aumento nas vendas, a conquista de novos clientes, o baixo investimento inicial e a possibilidade de contar com a estrutura dos marketplaces.
Entretanto, também há desvantagens. Quando determinado item da sua loja vende bem, o marketplace passa a oferecer o mesmo produto. A comissão pode chegar a 15%. O controle de estoque da sua loja deve ser rígido porque você pode prejudicar sua imagem se vender e não entregar.
Além disso, outro meio de divulgação criado na pandemia foi o Mercado Azul do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que quer reforçar o movimento “Compre do Pequeno”.
É só entrar no site, fazer o cadastro gratuitamente e divulgar seu produto ou serviço, inclusive com o link do seu site e redes sociais, aumentando assim a visibilidade do seu negócio.
Ainda dá tempo de migrar para o e-commerce para a Black Friday
Por isso, é importante colocar tudo na balança. Afinal de contas, ter uma loja virtual própria exige investimento em marketing digital para você ter tráfego no site. Além disso, é preciso planejar a logística de entrega.
Contudo, o desafio vale a pena visto o crescimento do comércio virtual. Confira a seguir 6 vantagens de adaptar seu negócio preparando-se para os pedidos da Black Friday 2020 e do Natal.
- o custo é relativamente baixo em relação à loja física;
- não exige experiência, pois a venda é simples;
- as transações financeiras são seguras, reduzindo inclusive a inadimplência;
- o alcance é maior, pois você pode vender para qualquer estado do país;
- é mais fácil analisar as estratégias da concorrência, já que os preços e promoções são de livre acesso;
- você aumenta a confiança do seu público, que pode consultar depoimentos de clientes satisfeitos no seu site.
Portanto, para o comerciante que deseja mudar de ramo, atuando com outros tipos de mercadoria, o Olist pode ajudar. A plataforma concentra vendedores que querem anunciar seus produtos nos marketplaces.
Acessando o site dessa startup, o empresário consegue obter listas dos itens mais vendidos, ajudando-o assim a ter novas ideias sobre o que vender no seu e-commerce.