O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,0 pontos na passagem de agosto para setembro, para 99,6 pontos, a quinta alta consecutiva, informou nesta quinta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador teve crescimento de 5,1 pontos.
"Em setembro, a confiança do comércio manteve a trajetória positiva iniciada em maio, alcançando o nível pré-pandemia. A alta, assim como no mês anterior, foi influenciada pela melhora da percepção com o momento presente e pelo aumento gradual das expectativas em relação aos próximos meses. Essa combinação sugere uma percepção mais favorável do setor sobre a recuperação do volume de vendas no mês, mas projetando ainda de forma cautelosa os próximos meses, potencialmente influenciados pela proximidade do fim dos programas de auxílio, lenta recuperação da confiança dos consumidores e cenário desafiador do mercado de trabalho", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em setembro, houve melhora da confiança em quatro os seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM), por exemplo, avançou 4,6 pontos, para 106,6 pontos, o maior nível desde maio de 2013, quando estava em 107,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 1,1 ponto, para 92,4 pontos, ainda abaixo do patamar pré-pandemia.
O Icom está apenas 0,2 pontos aquém do resultado de fevereiro, pré-pandemia. A recuperação, porém, é heterogênea entre os segmentos e com diferenças nos horizontes pesquisados. Em setembro, o ISA-COM mais do que recuperou o que foi perdido na crise, mas o IE-COM ainda está 14,6 pontos abaixo do nível de fevereiro, sugerindo que ainda há incerteza sobre a continuidade do ritmo de recuperação do setor, segundo a FGV.
A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1 e 23 do mês, com informações de 800 empresas.
ECONOMIA